Instigadas em conhecer e saber por que a sociedade vive “A Era da Experiência”, cerca de 400 pessoas acompanharam, nesta quinta-feira (13), a palestra do publicitário e diretor da Perestroika, Tiago Mattos. A programação foi uma promoção conjunta da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Jovem de Lajeado, por meio do programa Pense & Ative, e do Centro Universitário Univates.

E assim que começou a sua apresentação no Clube Tiro e Caça, em Lajeado, Mattos proporcionou uma experiência nova à plateia formada por estudantes, empresários, gestores e colaboradores dos setores de comércio e serviço. O palestrante pediu para eles escreverem no celular uma mensagem com um segredo e que a enviassem para o número do seu aparelho. Em seguida, leu algumas das que recebeu para todo o público, o que provocou alvoroço pelo teor das revelações. “Vocês vão sair daqui e dizer que compartilharam o seu segredo com o palestrante. Isso é experiência e ela não precisa ser uma coisa mega”, enfatizou.
Mattos também utilizou da sua experiência mais recente para impactar os presentes e falar da importância que ela tem, principalmente, na esfera econômica e de consumo. Há menos de duas semanas, o publicitário participou do curso de Futurismo na Singularity University, uma unidade militar da Agência Espacial Norte-Americana (Nasa), localizada na Califórnia, nos Estados Unidos. O treinamento criado pela Nasa e Google buscou instruir os 80 participantes para serem líderes capazes de resolver problemas globais. “A gente tem que fazer a mudança acontecer. Existem três tipos de pessoas: as que fazem, as que ajudam as que fazem e as que reclamam da vida”, acrescentando que o mundo precisa de pessoas que dizem “eu fui lá e fiz”.
De acordo com Mattos, o contexto real do mercado exige das empresas novas posturas com os clientes. “Da matéria-prima surgiu o produto, do atendimento o serviço e hoje estes são todos os mesmos”, avalia. Para o publicitário, a mudança só vai ocorrer quando os serviços forem transformados em experiência.

Como criar experiência
Ao mesclar apresentações de estabelecimentos comerciais que já aplicam essa ferramenta, Mattos compartilhou o roteiro para se criar uma experiência, que de acordo com ele é determinada por jovens entre 18 e 24 anos e pelo contexto socioeconômico e cultural. O primeiro passo é saber qual é a notícia, ou seja, o que o consumidor vai contar quando sair da loja?. Em seguida, deve-se colocar o cliente dentro da história, pois, segundo Mattos, ele não é espectador e sim o agente da experiência. O terceiro conselho é investir em design, assim como as experiências não precisam ser caras. Administrar a expectativa, planejar o roteiro da ação e investir em pós-vendas completaram as sete dicas dadas por Mattos. Como exemplo de estabelecimento comercial que segue alguns desses princípios, mostrou um restaurante chamado “Dinner in the Sky” (jantar no céu), que proporciona aos clientes a experiência de jantarem a metros de distância do chão. Isso porque um guindaste segura a plataforma do restaurante e da mesa. De acordo com Mattos, quem foi lá não se lembra da comida, mas diz que estava boa. “A experiência muda o produto e é a melhor maneira de melhorá-lo”, completou.

 

Fonte: Camila Pires / Assessoria de Imprensa CDL