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Professora conta histórias de Timor-Leste

Postado em 22/08/2012 10h54min

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A professora e socióloga do Centro de Ciências Humanas e Jurídicas (CCHJ) da Univates Shirlei Mendes da Silva foi selecionada para lecionar durante o ano letivo de 2012 na Universidade Nacional de Timor-Leste (UNTL). Ela envia notícias periódicas das atividades desenvolvidas nesse país.

Confira o último relato:

 

História da Antropologia em Timor-Leste

Timor-Leste foi e continua sendo um berço para a Antropologia mundial. Tenho participado de alguns debates sobre esta ciência que serviu de base para os estudos coloniais. A Antropologia Física chegou em Timor-Leste a partir do século 19 e seus estudos difundiram a imagem desta pequena ilha no continente europeu.

O conhecimento sobre as colônias expandiu-se com as exposições “universais” que iniciaram-se em Paris, por ocasião da inauguração da Torre Eiffel, em 1889. Os avanços da ciência moderna eram mostrados ao mundo e as colônias tornaram-se o “laboratório” do colonizador europeu. Assim, nas exposições universais realizadas na Europa havia pavilhões das colônias, com a construção de “vilas” africanas, asiáticas e americanas.

O “mundo subdesenvolvido” se conformava aos olhos dos europeus e a ideia de “império” era familiarizada entre os dominadores. Em Portugal, em 1928, com o Estado Novo, a ditadura de Salazar assumiu a “missão imperial” de Portugal na África, Goa e Macau. Em 1934, na Exposição Colonial do Porto, dois “régulos” (reis) timorenses e suas esposas participaram da Exposição do Mundo Português, vivendo em casas tradicionais construídas especialmente para a exposição. Os “nativos” das colônias eram expostos ao colonizador. E assim os portugueses “conheciam” seu império além-mar.

 

Shirlei Ines Mendes da Silva

de Díli, Timor-Leste

Shirlei Mendes da Silva

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