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Pesquisa da Univates resgata usos de espécies de flora nativa para o desenvolvimento de alimentos

Postado em 30/07/2012 13h39min

Por Tuane Eggers

A flora nativa regional conta com espécies economicamente importantes para diversos fins, porém, poucas são conhecidas e exploradas. De modo geral, faltam estudos sobre propagação que garantam a produção de mudas em grande escala. Foi pensando nisso que a Univates iniciou, em março deste ano, o projeto de pesquisa “Propagação de espécies vegetais nativas regionais de importância econômica e ambiental”.

O foco principal da atividade é desenvolver técnicas de produção de mudas de espécies vegetais nativas de interesse econômico, por meio da utilização das técnicas de propagação vegetativa e sexuada. Paralelo a isso, visa a resgatar o conhecimento sobre possíveis usos das espécies nativas da região para, principalmente, desenvolver alimentos a partir delas.

O projeto trabalha com cinco espécies nativas, selecionadas pelo seu potencial na produção de alimentos: Acca sellowiana, conhecida como goiabinha-serrana; Butia capitata, o butiá; Eugenia involucrata, a cerejeira; Ilex paraguariensis, a erva-mate; e Vasconcella quercifolia, o mamãozinho-do-mato ou jaracatiá. Com o butiá, são realizados somente testes de germinação. Já com as demais espécies são testadas três formas de propagação: germinação, cultura de tecidos e estaquia.

Conforme a coordenadora do projeto, professora doutora Elisete Maria de Freitas, a pesquisa busca estimular novas atividades econômicas na região. “Fomos para a Amazônia e nos surpreendemos com a forma com a qual eles aproveitam as espécies, enquanto aqui não conhecemos e não aproveitamos quase nada. Queremos mostrar os múltiplos usos das espécies nativas daqui, pois existe um potencial muito grande, mas as pessoas desconhecem”, explicou.

Os estudos e testes de propagação são feitos no Laboratório de Propagação de Plantas, localizado no subsolo do Prédio 12, e nas casas de vegetação da Univates. De acordo com Elisete, estão sendo feitos testes de germinação e estaquia com a erva-mate. “Como forma de dar continuidade à pesquisa, uma aluna do mestrado em Biotecnologia trabalhará no desenvolvimento de uma bebida energética e um produto farináceo de qualidade sensorial e nutricional, utilizando como ingrediente a erva-mate”, conta ela. A equipe de pesquisa trabalha no desenvolvimento de técnicas específicas para produzir mudas em grande quantidade, fornecendo todas as informações necessárias, enquanto os alunos do mestrado em Biotecnologia da Univates darão continuidade ao trabalho no desenvolvimento de pesquisas que visam o aproveitamento dessas espécies de forma sustentável.

Coordenada pela professora Elisete, a pesquisa conta com mais três professores pesquisadores, três alunos bolsistas de Ciências Biológicas e com duas alunas de Ciências Biológicas que realizam o trabalho de conclusão vinculado ao projeto. O projeto conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), por meio do fornecimento de bolsas de iniciação científica.

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (51) 3714-7000, ramal 5430.

 

Texto: Tuane Eggers

Mamãozinho-do-mato, cerejeira e goiabinha-serrana são algumas das espécies estudadas

Tuane Eggers

Aluna do mestrado em Biotecnologia trabalhará no desenvolvimento de alimentos a partir da erva-mate

Tuane Eggers

Mamãozinho-do-mato, cerejeira e goiabinha-serrana são algumas das espécies estudadas

Tuane Eggers

Mamãozinho-do-mato, cerejeira e goiabinha-serrana são algumas das espécies estudadas

Tuane Eggers

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