O recém-lançado programa de intercâmbio acadêmico Ciências sem Fronteiras já é aposta de um futuro promissor para pelo menos quatro alunos da Univates. Concorrendo com mais de 43 mil estudantes de Ensino Superior em todo Brasil, dois acadêmicos de Engenharia de Produção, estão entre os selecionados, que passarão de seis a 12 meses estudando e trabalhando em outro país.
O aluno de Engenharia de Produção Diego Coletti Schuck, 23 anos, de Lajeado, é um dos beneficiados. Ele aguarda agora a etapa de seleção da universidade do exterior no qual realizará o intercâmbio.
Em outra modalidade, que também integra o Ciência sem Fronteiras, a Univates recebeu, recentemente, duas bolsas de estudos integrais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e as selecionadas foram as bolsistas de iniciação científica Bruna Wissmann Monteiro e Jéssica Meneghini.
Para Bruna, 23 anos, esta será uma grande oportunidade de ampliar conhecimentos na área da pesquisa e língua estrangeira, além da preparação para o mercado de trabalho. Aluna do 9o semestre de Farmácia, ela destaca que ser aluna da Univates foi essencial para conseguir essa oportunidade, uma vez que não são todas as universidades que conseguem esse tipo de bolsa. "Os professores me incentivaram muito a participar", acrescenta Bruna.
Para Jéssica, 21 anos, estudante do 5o semestre de Ciências Biológicas - Licenciatura, além de expandir a visão sobre o mundo, conhecer e vivenciar novas culturas, aprender e aprimorar a língua estrangeira, a qualificação em outro país contribuirá para a profissão.
A coordenadora da Assessoria para Assuntos Interinstitucionais e Internacionais (AAII) da Univates, Viviane Bischoff, destaca que o Ciência Sem Fronteiras é um programa inovador, pois nenhum governo realizou iniciativa deste porte até hoje. "Além de ser experiência única para os nossos alunos, coloca a Univates em contato com outras universidades renomadas no desenvolvimento de pesquisas acadêmicas e práticas profissionais, propiciando aproximação para projetos bilaterais futuros e impulsionando o processo de internacionalização da Instituição", ressalta.
Saiba mais
Criado para promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio, o programa Ciência sem Fronteiras (CSF) tem contemplado muitos alunos brasileiros que aperfeiçoam seus estudos no exterior com todas as despesas pagas.
O programa é dividido em dois módulos. Um somente para bolsistas de iniciação científica, organizado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e outro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que seleciona alunos por meio de chamadas públicas.
Novas oportunidades
O programa oferece novas oportunidades para quem deseja estudar no exterior. Sete países na modalidade graduação são oferecidos nos novos editais: Austrália, Bélgica, Canadá, Coreia do Sul, Espanha, Holanda e Portugal. Até o dia 30 de abril, alunos da Univates podem fazer sua inscrição pelo site www.cienciasemfronteiras.gov.br.
Entre os requisitos para se candidatar, estão: estar matriculado em curso de nível superior nas áreas e temas do programa (Engenharias e demais áreas tecnológicas; Ciências Exatas e da Terra; Energias Renováveis; Tecnologia Mineral; Formação de Tecnólogos; Biotecnologia; Petróleo, Gás e Carvão Mineral; Nanotecnologia e Novos Materiais; Produção Agrícola Sustentável; Tecnologias de Prevenção e Mitigação de Desastres Naturais; Fármacos; Biodiversidade e Bioprospecção; Tecnologia Aeroespacial; Ciências do Mar; Computação e Tecnologias da Informação; Indústria Criativa (voltada a produtos e processos para desenvolvimento tecnológico e inovação); Novas Tecnologias de Engenharia Construtiva e Biologia, Ciências Biomédicas e da Saúde), ter nacionalidade brasileira; ter cursado no mínimo 20% e no máximo 90% do currículo previsto para seu curso e se comprometer a permanecer no Brasil pelo dobro de tempo que permanecer no exterior para a realização da graduação. É fundamental também possuir aprovação nos testes de proficiência do idioma exigidos em cada país.
Texto: Tamara Bischoff