Dos dias 19 a 21 de março, quatro docentes da Universidade do Vale do Taquari - Univates estiveram na Bahia para conhecer a Escola Maria Felipa, a primeira escola afro-brasileira do País. A iniciativa foi desenvolvida pelo Grupo de Pesquisa Currículo, Espaço, Movimento (CEM) e está alinhada com as ações do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão da Instituição.
Durante a visita, as docentes Angélica Vier Munhoz, Fabiane Olegário, Morgana Domênica Hattge e Suzana Feldens Schwertner puderam conhecer os espaços de ensino, acompanhar uma aula de Hip Hop e versos rimados e saber mais sobre a operacionalização da proposta pedagógica a partir de conversas com a diretora da escola, Cristiane Coelho.
A coordenadora do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão, professora Morgana, afirma que foram dias de muito aprendizado e troca de conhecimento. “Como pesquisadora da área da inclusão escolar, vejo a Escola Maria Felipa como uma referência importante para a construção de propostas pedagógicas que rompam com o instituído e busquem se arriscar na vivência de uma educação mais inclusiva, que acolha as diferenças e contribua na construção de uma sociedade mais justa”.
A construção de uma educação antirracista é uma das diretrizes da Política de Ações Afirmativas da Univates, que se alinha com a proposta da Escola Maria Felipa, idealizada pela professora doutora Bárbara Carine em 2018 e que tem o primeiro currículo afrorreferenciado reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC).
De acordo com a professora Suzana, pesquisadora do Grupo Currículo, Espaço, Movimento, as palavras que marcam os pilares da escola e que servem também de inspiração para guiar a Política de Ações Afirmativas da Univates são decolonial, afro-brasileira e antirracista. “Na Maria Felipa, os estudantes são apresentados ao ensino trilíngue: português, inglês e Libras. Os espaços têm uma intencionalidade planejada, desde o pátio de areia até a horta cuidada pelas crianças, da placa da rua Marielle Franco ao mural com os estudos dos desenhos de Jean-Michel Basquiat realizados pelos estudantes”, explica.
Saiba mais sobre a Política de Ações Afirmativas da Univates
A Política de Ações Afirmativas da Univates tem como objetivo a criação de um espaço institucional mais plural, que corresponda ao cenário populacional brasileiro, considerando as peculiaridades regionais, tornando o ambiente mais atrativo para pessoas negras (pretas e pardas), indígenas, quilombolas, homens e mulheres trans e pessoas com deficiência, de forma a permitir que estes façam parte da Instituição na condição de professores, estudantes e funcionários.
