Utilizamos cookies neste site. Alguns são utilizados para melhorar sua experiência, outros para propósitos estatísticos, ou, ainda, para avaliar a eficácia promocional do nosso site e para oferecer produtos e serviços relevantes por meio de anúncios personalizados. Para mais informações sobre os cookies utilizados, consulte nossa Política de Privacidade.

Artigos, Esporte

Olimpíadas, esporte e desenvolvimento econômico e social

Por Antonio Vivace/Unsplash

Postado em 13/08/2024 20:19:05


Compartilhe

Os Jogos Olímpicos de Verão de 2024, oficialmente denominados Jogos da XXXIII Olimpíada, são um evento multiesportivo internacional cuja abertura aconteceu entre 26 de julho e 11 de agosto de 2024, na França. 

Paris é a principal cidade anfitriã, com eventos espalhados por outras 16 cidades na França Metropolitana e uma subsede no Taiti, localizada na Polinésia Francesa, um território ultramarino francês. Participaram 206 países e um total de 10.714 atletas competindo em 329 eventos, distribuídos em 32 esportes e 48 disciplinas.

No topo da lista, os Estados Unidos lideraram com um total de 126 medalhas, sendo 40 de ouro, 44 de prata e 42 de bronze. A China ocupa a segunda posição com 91 medalhas, das quais 40 são de ouro, 27 de prata e 24 de bronze. O Japão segue na terceira colocação com 45 medalhas, sendo 20 de ouro, 12 de prata e 13 de bronze. A Austrália está em quarto lugar com um total de 53 medalhas: 18 de ouro, 19 de prata e 16 de bronze. O Brasil aparece na 20ª posição no ranking geral, com um total de 20 medalhas, das quais 3 são de ouro, 7 de prata e 10 de bronze.

Neste texto, o professor Leonardo De Ross Rosa, da Área de Ciências da Saúde da Univates, reflete sobre as relações entre Olimpíadas, esporte e desenvolvimento econômico e social. 

Olimpíadas, esporte e desenvolvimento econômico e social

Por Leonardo De Ross Rosa, professor da Área de Ciências da Saúde da Univates

Finalizado mais um ciclo olímpico e as emoções foram diárias. Grandes desempenhos (o que não significa medalha) e algumas frustrações. É do jogo. O debate gira sempre em: Por que é assim? O que falta? Como podemos melhorar? E a pá de cal no papo vem com a resposta comum: "Falta investimento". Assim fechamos com a ideia mais simples e rápida. No entanto, investimento significa, hoje, que fazemos quando é possível, ou seja, esporte é eventual... Quando dá, quando sobra. Não há cultura, não está no dia-a-dia, não tem "rubrica" garantida.  Afinal, aparece de quatro em quatro anos.

Tenho um grande amigo músico e nos divertimos com as similaridades da arte e do esporte. Geralmente, quando o músico diz a alguém o seu ofício, o retorno vem com um sonoro: Mas em que você trabalha? Atletas ouvem o mesmo. às vezes até professores ouvem, imaginem... Enfim, atletas e artistas trabalham. O treinamento/ensaio e a competição/palco é seu ofício. Agora... se o fazer diário de muitos não promove satisfação, não significa que apenas por isso se configure como trabalho (apenas por termos na origem da palavra algo ruim). 

A propósito: quem disse que treinar e ensaiar não é árduo e não tem suas agruras? E de outra parte, quem disse que trabalhar deve ser sofrimento? Falei de algo que está na nossa cultura: o trabalho. E o contraponto vem da entrevista do atleta olímpico Almir dos Santos do salto triplo, quando questionado sobre o processo para chegar à possibilidade de medalha: "Eu trabalhei muito, eu trabalhei muito, eu trabalhei muito".

O esporte, não está na cultura do Brasil. E, economicamente, me arrisco a dizer que a arte também não. Penso que o esporte faz parte de um todo. É uma engrenagem. Existem setores mais urgentes (economia?), mas não mais importantes, pois num todo, se uma peça falha, a máquina tende a não funcionar. Como analisar países com desempenho esportivo nas olimpíadas? Curiosamente, via de regra, são mais ricos e desenvolvidos economicamente do que o Brasil. E o são pois têm cultura esportiva, ou têm cultura esportiva porque são mais ricos ou desenvolvidos? Nem uma nem outra. Prefiro perceber o contexto com a teoria da engrenagem. Nada é menos importante, talvez seja, momentaneamente, menos urgente.

E como pensar um país com cultura esportiva e consequentes melhores resultados disseminados em muitos setores (economicamente também, ou vamos ignorar a indústria do esporte?)? Bem, podemos começar pela educação física escolar, que é onde tudo começa:  você, pai ou mãe, sabe quantas aulas de educação física seu filho ou filha tem na escola? Você acha que ceder aulas de Educação Física garantem resultados na olimpíada de outros componentes tão importantes quanto? 

Ou melhor... O que isso fará a mais por seu filho ou filha? É bem possível que ao fecharmos os olhos para isso deixemos de lado (ou mesmo desconheçamos) a importância de periodicidade do movimento humano, da importância da motricidade para a cognição, da prática física. Ignoramos as necessidades para um futuro adulto mais ativo, mais saudável, mais longevo e de uma possibilidade real de redução dos custos de saúde, o que beneficiaria a coletividade.

Eu gosto da ideia de aproveitar a emoção dos jogos para semear a cultura do esporte e o desenvolvimento de amanhã a partir da Educação Física na escola, da prática esportiva e da saúde. Neste sentido, como seria importante termos Olimpíadas todos os anos, não é mesmo?

Fique por dentro de tudo o que acontece na Univates. Escolha um dos canais para receber as novidades:

Compartilhe

voltar

Escolha uma formação

Escolha uma formação

Graduação presencial

Cursos de graduação nas modalidades de educação presencial.

Graduação à distância - EAD

Cursos de graduação nas modalidades de educação presencial.

Cursos Técnicos

Cursos de graduação nas modalidades de educação presencial.

Mestrados e Doutorados

Cursos de graduação nas modalidades de educação presencial.

Especializações/MBA

Cursos de graduação nas modalidades de educação presencial.

Cursos de Idiomas e Educação Continuada

Cursos de graduação nas modalidades de educação presencial.