O VIII Congresso de Ciência, Tecnologia e Conhecimento da Univates teve início na noite de segunda-feira, 8 de julho, com a palestra do renomado climatologista Carlos Nobre. O evento, realizado pela Universidade do Vale do Taquari - Univates, com apoio da Launer Química, continua até quarta-feira, 10 de julho, reunindo pesquisadores, professores e estudantes em um espaço dedicado à excelência acadêmica e à descoberta científica. A programação é totalmente on-line.
A reitora da Univates, professora Evania Schneider, em sua fala de abertura, destacou a importância da ciência e do conhecimento na mitigação dos problemas climáticos no Rio Grande do Sul, especialmente no Vale do Taquari.
A Univates é uma instituição comunitária. Somos fruto da comunidade e regidos por uma fundação. Entendemos que nosso compromisso com a comunidade é fundamental. Que nestes três dias do Congresso nós possamos discutir caminhos para que possamos ser um Vale mais forte, melhor, mais seguro e mais preparado para as situações climáticas que estamos vivendo, ressaltou Evania.
A palestra de abertura foi realizada pelo pesquisador e climatologista Carlos Nobre, que apresentou dados alarmantes sobre as mudanças climáticas, apoiado por dados e pesquisas científicas.
Nós não estamos mais discutindo mudanças climáticas, estamos enfrentando uma emergência climática, afirmou Nobre. Ele apresentou diversos fenômenos climáticos recentemente registrados não apenas no Vale do Taquari e no Rio Grande do Sul, mas globalmente. O pesquisador explicou os impactos dos gases de efeito estufa, as anomalias climáticas, os panoramas de temperatura, os indicadores climáticos e fenômenos meteorológicos como ondas de calor e precipitações.
Nobre destacou que o Brasil foi o quinto maior emissor de gases do efeito estufa em 2022. Ele alertou que uma molécula de dióxido de carbono permanece na atmosfera por mais de 150 anos, representando uma preocupação para as futuras gerações.
O principal desafio identificado pelo climatologista é evitar o aumento da temperatura global, enfatizando a urgência de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, por meio de iniciativas como projetos de restauração ambiental e o fim do desmatamento global.
Nobre também abordou a emergência climática atual e a responsabilidade humana nos eventos climáticos extremos, como ondas de calor e chuvas intensas, que têm impactado diversas regiões, incluindo o Rio Grande do Sul. Ele salientou que a tragédia recente no Estado foi resultado de uma combinação de eventos extremos de precipitação, ressaltando que esses eventos não podem mais ser considerados naturais, pois são consequência direta da atividade humana. Não há mais dúvidas. Este é um alerta vermelho para a humanidade, e nossa influência é inequívoca, concluiu Nobre.
O evento, transmitido ao vivo pelo YouTube, contou com a mediação dos professores e pesquisadores Luciana Turatti, André Jasper e Carlos Cândido da Silva Cyrne, que facilitaram as perguntas do público.
O Congresso continuará até quarta-feira, incluindo apresentações de 123 trabalhos de pesquisa, 28 de extensão, 116 de pós-graduação e três de graduação. Além das bancas de avaliação, o evento contará com seminários temáticos e palestras abrangendo diversas áreas do conhecimento.
Mais informações sobre o evento podem ser obtidas no site do evento, pelo e-mail congressointernacional@univates.br ou pelo telefone (51) 3714-7000, ramal 5944.
Saiba mais sobre o evento
O VIII Congresso de Ciência, Tecnologia e Conhecimento da Univates visa a integrar a comunidade acadêmica envolvida na graduação, na pós-graduação stricto sensu, na pesquisa e na extensão em um espaço dedicado à excelência acadêmica e à descoberta científica. Os participantes podem conhecer estudos, pesquisas e ações de extensão desenvolvidos na Univates e em outras instituições de ensino, compartilhar experiências e descobertas e interagir com outros estudantes, pesquisadores e professores.
O Congresso também busca proporcionar ao aluno de Iniciação Científica, em especial aos jovens cientistas, a aprendizagem de métodos e técnicas de pesquisa, bem como estimular o desenvolvimento do pensamento científico, crítico e criativo, o que pode conduzir a novos horizontes.