Sucesso é um esporte coletivo

A frase “sucesso é um esporte coletivo” costuma ser usada para ilustrar trajetórias de líderes que compreendem que independentemente das condições favoráveis e de suas competências, os resultados almejados não seriam alcançados se não houvesse outros para ajudá-los. Se os holofotes e, também as cobranças, costumam ser direcionadas àqueles que estão no comando ou que assumem esses papeis, para que o trabalho efetivamente aconteça, é necessária a atuação de um time.

No Rio Grande do Sul, se de um lado observamos muitas pessoas assumindo-se líderes de mutirões, de salvamentos, de organização de abrigos e de acolhimento, por outro, também temos vivido dias de intensa colaboração comunitária. Da imagem emblemática da corrente humana em Canoas, que viabiliza o resgate de pessoas ilhadas, até grupos da Defesa Civil e grupos de amigos atuando como voluntários em botes e barcos salvando vidas, cada ação atualiza as definições de sucesso como um trabalho em time. 

Nesse sentido, é importante destacar algumas diferenças entre time e equipe de trabalho. Apesar de a equipe não ser um somatório de indivíduos e que compartilham de objetivos comuns, muitas vezes o comportamento dos integrantes é mais individualizado; enquanto time é a soma de esforços para alcançar objetivos que, isoladamente, não seriam alcançados, por meio de uma relação de complementaridade, confiança mútua e comunicação verdadeira, onde as opiniões divergentes são estimuladas de forma positiva.  

Nos times, quando as energias parecem se esvair para prosseguir, unem-se conhecimentos, habilidades, talentos e forças, certificando que não estamos sozinhos. Isso traz alívio e faz a caminhada acontecer, além de conferir um significado que transcende a própria meta. Perceber-se como parte de um time faz os nossos desafios diários valerem a pena. No Rio Grande do Sul, grandes times estão por toda parte. 

Gratidão aos amigos que compartilham momentos de jornada, choro, alegria e renascimento.

Por Bernardete Bregolin Cerutti e Luciane Franke, professoras dos cursos de Gestão da Univates