Sob o nome "Projeto Gira", uma iniciativa se expande a partir do projeto de extensão Habitar Bem, associado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Vale do Taquari - Univates, com o objetivo principal de melhorar a qualidade de vida, especialmente para aqueles que enfrentam situações de vulnerabilidade.
O Gira nasceu antes do período de cheias que a região do Vale do Taquari enfrenta e está em processo de conexão entre os membros e reconhecimento das comunidades. A última ação até então ocorreu no Bairro Igrejinha, na sexta, 6, onde o grupo recebeu a inclusão de mais líderes daquela comunidade e pode discutir diferentes pontos sobre a população em vulnerabilidade social.
A professora Jamile Weizenmann, coordenadora do Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo da Univates salienta que muitas vezes as ideias originadas nas instituições acadêmicas enfrentam obstáculos para se concretizarem na sociedade, devido à falta de apoio e recursos. Com esse desafio em mente, o coletivo Gira (acrônimo para Grupo Intersetorial de Relacionamento e Articulação do Vale do Taquari) foi formado - o grupo reúne professores de diversos cursos, representantes de ONGs e profissionais de diferentes áreas para colaborar de maneira interdisciplinar na busca por soluções para desafios locais.
Inicialmente, o Gira estava focado em planos de médio e longo prazo relacionados à habitação digna para a população. No entanto, a situação de emergência causada pela recente enchente levou o grupo a redirecionar seus esforços para auxiliar as famílias afetadas. Atualmente, eles estão se reunindo em diferentes espaços da comunidade, buscando compreender as motivações, prioridades e ações possíveis do grupo em prol do desenvolvimento das comunidades, e abordando questões relacionadas à habitação e ao urbanismo.
Neusa Nunes, agente comunitária de saúde de Lajeado, desempenha o papel de representante de uma das comunidades no grupo. Ela acredita que o Gira pode ser especialmente eficaz para propor melhorias habitacionais e ideias para ajudar no planejamento urbano. Segundo Jamile, os recursos para as iniciativas do projeto devem ser provenientes de apoiadores de diversas frentes, como do próprio município, da iniciativa privada (empresas) e da busca por editais de fomento externo.
