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Univates apresenta cases de curricularização e extensão universitária na Formação STHEM

Postado as 24/08/2023 13:00:19

Por Lucas George Wendt

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Divulgação/Univates

 

Um grupo distinto de educadoras da Universidade do Vale do Taquari - Univates partiu rumo ao Rio de Janeiro no dia 15 de agosto. As professoras Alice Krämer Iorra Schmidt, Cátia Viviane Gonçalves, Fabiane Olegário, Jamile Maria da Silva Weizenmann, Luciana Turatti e Merlin Janina Diemer, representando a Univates, ministraram o Módulo 4 do X Programa de Formação de Professores 2023, organizado pelo Sthem Brasil. Essa empreitada de ensino e aprendizado é direcionada a docentes de diversas instituições consorciadas ao Sthem Brasil.

As professoras da Univates foram as responsáveis por conduzir o Módulo 4, com o tema "Curricularização da Extensão Universitária e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)", no dia 16 de agosto, na Universidade Unigranrio. Além das sessões presenciais, ocorreram atividades virtuais para este módulo no dia 22 de agosto.

O objetivo do módulo é explorar a convergência entre o ambiente acadêmico e o mundo além das salas de aula, onde a extensão universitária se conecta com os desafios globais delineados pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os participantes tiveram a oportunidade de aprofundar sua compreensão sobre como a educação pode impulsionar mudanças positivas e como as instituições de ensino podem desempenhar um papel vital na promoção de práticas sustentáveis. Além disso, o módulo também abordará a implementação dos ODS na Univates por meio de videoaulas e atividades formativas.

Após o encerramento das atividades, o professor Tiago Weizenmann expressou sua gratidão aos envolvidos. "Ontem realizamos a última atividade no X Programa de Formação de Professores do Sthem Brasil. No geral, tivemos aulas assíncronas, encontros presenciais e encontros on-line. Em abril deste ano, fomos selecionados por meio de um edital para ministrar o Módulo 4 sobre curricularização universitária e os ODS. Mobilizamos muitas pessoas da Univates para isso, e o resultado final foi especialmente positivo, impactando cerca de 300 professores de todo o país. A avaliação final demonstra indicadores de satisfação excelentes." Segundo o docente, a  dedicação das professoras e a qualidade da formação ministrada evidenciam a importância da colaboração educacional para impulsionar práticas inovadoras e sustentáveis no cenário educacional brasileiro e além.

Divulgação/Univates

Divulgação/Univates

Divulgação/Univates

Divulgação/Univates

Divulgação/Univates

Conheça o conteúdo apresentado no dia 22 de agosto

Ontem, 22, as docentes Alice Krämer Iorra Schmidt, Cátia Viviane Gonçalves, Fabiane Olegário, Jamile Maria da Silva Weizenmann, Luciana Turatti e Merlin Janina Diemer compartilharam suas experiências com a extensão na última participação da Univates no evento. 

Merlin Diemer, coordenadora de Extensão da Univates, falou sobre o histórico da curricularização da extensão universitária no Brasil. “Todo o percurso histórico da extensão no Brasil, por muito tempo, era de uma legislação unilateral, ou seja, da universidade para a comunidade. Somente em 1988 apareceu pela primeira vez na Constituição a palavra indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão e a legislação passou a funcionar como uma via de duas mãos, ou seja, da universidade para a comunidade e vice-versa. Em 2004, pela primeira vez, fala-se em avaliação da participação do estudante e não somente de atender uma comunidade. E hoje temos uma relação dialógica, precisamos apresentar e somar valor ao currículo e o professor transformar o estudante em protagonista, que deve se comprometer com uma ação extensionista voltada à comunidade”, explicou.

Luciana Turatti, coordenadora de Pesquisa e Extensão da Univates, tratou da inovação, por meio de um planejamento docente a partir dos ODS em contextos de extensão universitária. “Os ODS têm como princípios atingir pessoas, o planeta, a prosperidade, as parcerias e a paz e têm metas nobres para a sociedade global. Por isso, temos de fazer a integração das instituições para abrir a possibilidade de trabalharmos em rede, fazer pesquisas conjuntas, desenvolver atividades que podem acontecer em qualquer canto do país para atingir essas metas. Nós podemos desenvolver parcerias para a inovação e nos aproximarmos enquanto instituição na entrega de soluções para problemas das comunidades, identificando os problemas e tratando-os”.

Luciana também deu exemplos concretos executados na Univates, como a Horta do Universitário, na qual são trabalhados os ODS. “Montamos um atelier extensionista, no qual trabalhamos com um grupo de alunos os ODS que dizem respeito à fome zero e à saúde e ao bem-estar. Nas atividades do ateliê extensionista, um grupo auxiliou nos processos da horta, outro grupo de estudantes optou em atuar no mesmo território para auxiliar a comunidade a superar o acesso à água, insumos e outras iniciativas, além de realizarem a divulgação da horta em diferentes espaços. Já os alunos da Nutrição trabalharam na elaboração de um e-book contemplando plantas alimentícias não convencionais. E também tivemos uma pesquisa para avaliar aspectos sociais e ambientais e trabalhar com hortas familiares e comunitárias. E o objetivo é ter mais turmas seguidas e formar novos ateliers, com outros tipos de problematizações para serem solucionadas”.

Jamile Weizenmann, professora do curso de Arquitetura e Urbanismo, coordenadora do espaço Semeia, um laboratório de ensino, pesquisa e extensão, tratou da relação da extensão com as ODS na disciplina Habitação de Interesse Social. “É um projeto que os alunos constroem ao longo da formação, no qual a matriz é ordenada por projetos. Nesses ateliers nascem os projetos, por temas, e por problemas, para que os estudantes os enfrentem e desenvolvam soluções para a comunidade. Temos empresas parceiras, como a Associação Marinês, que trabalha com mulheres do bairro Santo Antônio, de extrema vulnerabilidade, com o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do RS e as secretarias de Desenvolvimento Social e Planejamento Urbano. Depois que o projeto se encerra, as ações continuam e o objetivo é que a comunidade se torne autossuficiente. Um dos projetos é o Capacete Rosa, que visa à capacitação das mulheres nas comunidades vulneráveis para atuar como auxiliares de obra na construção civil. A primeira turma se formou no final do ano passado. Essas mulheres expuseram suas condições de moradia e foi uma experiência muito positiva já que duas alunas foram contempladas, uma com um emprego e outra com uma bolsa de estudo”.

A bióloga Cátia Viviane, que trabalha na área de Ciências da Vida e coordena o projeto de extensão Naturalista, na Univates, falou em seguida sobre práticas e metodologias para o engajamento estudantil em atividades de extensão. Já a professora Fabiane Olegário contou sobre as experiências vividas com os ODS nas áreas de Pedagogia e Letras e sobre experiências em espaços educativos não escolares. “As matrizes curriculares na Univates, exceto no curso de Medicina, são organizadas em dois movimentos: seminários e ateliers (momentos mão na massa). Nos ateliers extensionistas acontece a curricularização da extensão. Temos dentro da Pedagogia e também do curso de Letras a ideia de que a Licenciatura está formando o aluno para o espaço escolar, sobretudo o pedagógico, e existem outras possibilidades de atuação desse estudante em espaços não escolares”.

A professora Alice Iorra, professora do curso de Direito da Univates, fez uma prática com os docentes na montagem de um quebra-cabeças para trabalhar habilidades, desafiando as alternativas de extensão com várias palavras, como diversidade, formação cidadã, interação, território, impacto, retroalimentação, entre outras, e apresentou um case sobre o Atelier Extensionista de Solução Consensual de Conflitos e Psicologia Jurídica. “O estudante não fica as 80 horas na comunidade, ele precisa ter a base teórica que sustente as suas ações. Trabalhamos a comunidade prisional para realizar as trocas e os presidiários interagirem com os alunos de Direito. Os alunos adentraram as celas dos apenados para atuar dentro daquela comunidade questões de justiça restaurativa”.

Merlin Diemer destacou a avaliação, “que nada mais é do que uma comparação entre a proposta e o resultado”, e também a importância do registro de evidências para sistematizar as ações de ensino, pesquisa e extensão com o objetivo de apresentar ao MEC. Luciana Turatti encerrou a capacitação agradecendo o compartilhamento de experiências e fechou dizendo que ”a Universidade faz sentido para a comunidade do entorno quando se envolve com ela e busca soluções conjuntas para um mundo mais sustentável”.

Saiba mais sobre a Formação

A parceria entre a Univates e o Consórcio Sthem Brasil, em conjunto com o Programa Acadêmico e Profissional para as Américas (Laspau), afiliado à renomada Universidade de Harvard, materializou o X Programa de Formação de Professores do Sthem Brasil. O programa abrange uma série de oito módulos distintos, cada um organizado por uma instituição convidada pelo Consórcio, incluindo o Tecnológico de Monterrey (México), a Arizona State University (EUA), a Universidad de Chile (Chile), a Univates (Brasil) e o Instituto Internacional da Unesco para o Ensino Superior na América Latina e no Caribe (Iesalc).

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