Professoras da Univates publicam livros infantis
Postado as 20/04/2023 09:11:47
Por Lucas George Wendt
Em 2022 a Editora Appris lançou seu selo infantil, chamado Artêrinha, e anunciou nas redes sociais um concurso para seleção de 50 livros a serem publicados por esse novo selo. Duas docentes da Universidade do Vale do Taquari - Univates, as professoras Morgana Domênica Hattge e Suzana Feldens Schwertner, viram aí uma oportunidade para compartilhar histórias infantis que ambas já haviam escrito.
A editora, após a seleção dos 50 originais, nos quais estavam incluídos os que foram encaminhados por Morgana e Suzana, sugeriu três ilustradores para a composição das ilustrações para as obras. A partir do portfólio de cada um, as docentes escolheram o traço do artista Oscar Reinstein.
Morgana Domênica Hattge é doutora em Educação e atua nos cursos da área das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e no Programa de Pós-Graduação em Ensino (PPGEnsino) na Univates. Suzana Feldens Schwertner é doutora em Educação e atua nos cursos de graduação da área de Ciências da Vida, bem como no PPGEnsino. O lançamento da obra faz parte da programação do Observatório da literatura infantil e juvenil da Univates.
As obras podem ser adquiridas on-line ou diretamente com as docentes, por meio de contato pelo WhatsApp (51) 998089823 (Suzana) e deste link (Morgana). Clique aqui para conferir a lista de livrarias e sites onde o material estará disponível. Ambos os livros serão lançados no dia 25 de abril, em evento aberto ao público a partir das 18h30min no Laboratório Labrinque, da Univates. Os dois livros são indicados para todas as faixas etárias.
O lançamento das obras é uma promoção do Observatório da Literatura Infanto-juvenil. O projeto é coordenado pela professora doutora Rosiene Almeida Souza Haetinger, e tem como objetivo promover a leitura e o debate da literatura infantojuvenil, considerando a sua potencialidade temática, literária e visual, bem como a autoria e o público a que se destina.
Por meio da leitura crítica das obras de literatura infantojuvenil, com vistas à construção de acervo para professores, acadêmicos e interessados em geral, o Observatório tem colaboradores de diversas áreas, como Letras, Pedagogia, Psicologia, entre outras, a fim de construir uma compreensão interdisciplinar a respeito da literatura infantojuvenil.
“Por quê?”
O livro “Por quê?”, de Morgana Domênica Hattge, é um elogio às perguntas das crianças, os famosos porquês, muitas vezes amados e em certos momentos temidos pelas famílias. “No livro ilustrado, a imagem não representa o que está escrito, simplesmente, mas acrescenta outras nuances à história, traz elementos novos e convida o leitor a demorar-se na fruição do livro”, explica a professora. Morgana destaca que as perguntas das crianças são genuínas, não são perguntas retóricas. “Elas nos dão a chance de ver o mundo de novo com um olhar de primeira vez. O livro quer celebrar o encantamento das crianças, a curiosidade. Mas, para além disso, a história provoca os adultos a pensarem acerca da necessidade vital que temos de perguntar. Ainda, “Por quê?” quer mostrar a potência da infância e convidar os adultos a uma escuta atenta e sensível das crianças com as quais convivem”, detalha ela sobre a obra.
“O sono tem dono?”
No livro “O sono tem dono?”, um menino inquieto e que não consegue dormir vai em busca de respostas para essa dificuldade, encontrando no pai um interlocutor que o instiga ainda mais. Juntos, eles vão elaborando possíveis respostas para descobrir quem é o dono do sono. “A ideia do livro já borbulhava há mais de três anos, em especial a partir da pandemia, em meio aos atendimentos de crianças e adultos que realizo no consultório como psicóloga. A higiene do sono tem sido um tema dos mais importantes na atualidade - afinal, como estamos cuidando do nosso momento de descanso, tão necessário ao final de cada dia?”, questiona a docente. “Entendo que o livro ilustrado pode abordar assuntos universais para adultos e crianças, aproximando-os e os fazendo sentir e pensar de outros modos, mais literários, mais livres e criativos”, acrescenta ela.
