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Institucional

Univates enfatiza o papel da Ouvidoria para a denúncia de casos de violência, intolerância e assédio

Por Univates

Postado em 27/03/2023 10:48:01


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Para comemoração do Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, acadêmicas do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Vale do Taquari - Univates, vinculadas ao Semeia - Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo (Emau), organizaram uma exposição para reforçar o simbolismo da data e a importância da luta por condições de equidade de gênero. O objetivo da equipe do Semeia - Emau, assim como o da própria Universidade, que também realizou ações para celebrar o Dia Internacional da Mulher, foi promover a conscientização sobre o significado da data, lançando o foco na importância do tema. 

Lamentavelmente, a exposição foi modificada de forma agressiva dois dias depois de sua abertura para apreciação pela comunidade universitária, em um gesto que a Universidade, respaldada em documentos como a sua Política de Respeito às Individualidades, condena enfaticamente. A manifestação agressiva às estudantes e, por extensão, às mulheres de forma geral não encontra respaldo em um ambiente organizado em torno das trocas socioculturais positivas para o progresso coletivo, que é um dos objetivos de uma universidade. A Univates repudia a atitude e manifesta apoio às mulheres, enfatizando seu compromisso social de ser um espaço de acolhimento. 

O Diretório Central dos Estudantes (DCE), cumprindo o papel de mediação que está em sua gênese, foi um elo importante para a concretização da denúncia que as estudantes fizeram à Instituição, pois promoveu a ligação entre elas e a Ouvidoria e a Reitoria da Universidade. A Univates recebeu a denúncia e, em conjunto com o DCE, verificou medidas necessárias para reforçar seu compromisso de disponibilizar espaços nos quais a comunidade se sinta bem e segura, minimizando situações de risco e de hostilidade no campus. 

Ambas as entidades, Universidade e DCE, prestaram apoio às estudantes envolvidas. O Comitê de Respeito às Individualidades da Instituição realizou uma escuta e acolhimento em grupo e, em conjunto, estão sendo programadas ações para fomentar e ampliar o debate sobre as questões envolvendo violência de gênero.

Exposição segue 

Apesar da atitude desrespeitosa, a comissão organizadora da exposição manteve a mostra, que segue aberta ao público até o dia 15 de abril. A visitação é gratuita e aberta a todos os interessados, diariamente (de segunda a sexta-feira), das 8h às 22h. Para visitar a mostra, basta se dirigir ao 5º pavimento do Prédio 11, onde a exposição ocupa o espaço em frente ao elevador. 

O papel da Ouvidoria

A Univates reforça o papel da Ouvidoria, seu canal oficial de contato para apresentação de relatos e denúncias de situações que comprometam o bem-estar e o convívio entre as pessoas no ambiente universitário. O processo é conduzido de forma online, pelo site. O tratamento das informações por parte da Ouvidoria é sigiloso. Casos de violência explícita ou simbólica, direcionada a qualquer pessoa que tenha vínculo com a Instituição, bem como situações que firam o Regimento Geral da Universidade e os Pontos de Balizamento da Conduta Ética da Univates, devem ser denunciados por todos que se sintam implicados em demonstrações de intolerância.

Conheça iniciativas desenvolvidas pela Univates em torno dos temas da igualdade de gênero, respeito às individualidades, empoderamento feminino e combate à violência contra as mulheres

A Reitoria da Univates é composta por mulheres. Mulheres são a maioria entre os funcionários da Fundação Univates, e também são a maioria entre os estudantes dos diferentes níveis da Universidade. 

Ana Amélia Ritt

Política de Respeito às Individualidades

Pioneira na proposição deste instrumento, a Univates tem, desde 2006, uma Política de Respeito às Individualidades. O objetivo do documento é balizar a conduta institucional e realização das ações que a Universidade desenvolve neste tema observando o contexto fundamental do respeito às individualidades das pessoas. 

Com a Política, a Universidade age para aprimorar e promover um ambiente acolhedor e de respeito para todos os membros da comunidade acadêmica, respeitando-se características de cunho étnico-racial, religioso, cultural, territorial, físico, geracional, de diferentes expressões de gênero e de sexualidade, de opção política, de nacionalidade, dentre outras, independentemente de posição social, esperando que todos os membros da comunidade acadêmica possam ser respeitados e apoiados em suas individualidades em diferentes dimensões.

O Comitê de Respeito às Individualidades da Instituição é vinculado à Política de Respeito às Individualidades e é responsável por avaliar eventuais casos de infração a essa Política.

Núcleo de Acessibilidade e Inclusão

O Núcleo de Acessibilidade e Inclusão tem atualmente como base a Política de Respeito às Individualidades em diferentes dimensões e, ainda, documentos anteriores, como a Política de Inclusão de Estudantes com Deficiência. Seus objetivos são desenvolver ações de escuta à comunidade acadêmico-universitária e pensar ações para ampliação do debate em torno dos temas da inclusão e da diversidade. 

Bruna Laís Alves

Adesão ao He For She

HeForShe

Há anos atuando em diversas frentes na busca do respeito às diferenças e da igualdade de gênero, a Univates decidiu aderir ao movimento HeForShe (ElesPorElas) em 2020. Em junho de 2019 a Instituição havia feito a adesão por meio do curso de Direito, e após 2020, com a adesão geral institucional, o compromisso com o movimento passou a ser de toda a Universidade. A partir de 2023 a expectativa é que as ações do HeForShe sejam ampliadas na Univates. 

Criado pela entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres), o movimento HeForShe é um esforço global que busca envolver homens e meninos na remoção das barreiras sociais e culturais que impedem as mulheres de atingir seu potencial, bem como ajudar homens e mulheres a modelar juntos uma nova sociedade. 

Pesquisa 

Pesquisas em torno do tema da violência contra a mulher são realizadas nos Programas de Pós-Graduação da Universidade. É o caso do estudo de mestrado, recentemente divulgado pela Instituição, que pretende avaliar o impacto da violência sofrida por mulheres em aspectos como reserva cognitiva e memória emocional. Além dessa pesquisa, diversas outras acontecem em diferentes esferas ‒ graduação e pós-graduação ‒, ampliando o conhecimento científico sobre o tema e a proposição de ações que possam mudar essa realidade. 

Extensão 

Um dos projetos que a Univates desenvolve é o “Maria da Penha: enfrentamento à violência contra a mulher e apoio às famílias”, uma parceria dos cursos de Direito e Psicologia, que realiza acolhimento e atendimento no Fórum da Comarca de Lajeado, antes das audiências, às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar.

Outra iniciativa que a Instituição desenvolve é o projeto “Marias: corpo e linguagem na instituição prisional”, que realiza ações e atividades com as mulheres que cumprem pena privativa de liberdade no Presídio Estadual Feminino de Lajeado. As ações do projeto promovem o exercício da escuta, o diálogo e a empatia, contribuindo para desconstrução de preconceitos e julgamentos, bem como para inclusão social das mulheres privadas de liberdade. Os encontros são momentos de alegria e de quebra de rotina; de expressão, comunicação e diálogo; uma pausa dos conflitos entre as celas. O projeto impacta, especialmente, na humanização da vida na instituição prisional, na socialização das mulheres e na qualificação das relações interpessoais.

Natália Nissen

O projeto Capacete Rosa é outro exemplo. Ele é uma iniciativa da Associação Marinês de Lajeado, que busca a qualificação de mulheres e sua inserção no mercado de trabalho. Por meio de parcerias, incluindo uma com a Univates, o projeto ensina a essas mulheres atividades relacionadas à construção civil, para que elas possam se profissionalizar, melhorar a condição financeira de suas famílias e ocupar um espaço em um setor majoritariamente masculino. Diversas ações são atreladas a esse projeto, que estabelece uma conexão significativa entre a Universidade e a comunidade. 

Eventos 

O tema da violência contra a mulher é um assunto debatido anualmente no Fórum Regional de Combate à Violência Contra a Mulher, realizado pela Universidade do Vale do Taquari em parceria com entidades como a Polícia Civil e o Centro de Referência Especializado de Assistência Social de Lajeado. Em 2022 o evento chegou à 11ª edição. Ao longo do tempo, o Fórum tem se tornado um espaço consolidado de debate e de proposições para o enfrentamento desse problema social na região. 

Elise Bozzetto

Atendimento à mulheres no Sajur

Sajur 

O Serviço de Assistência Jurídica (Sajur), que existe desde 2003, possibilita aos alunos do curso de Direito, sob orientação de professores, a prestação de atendimentos gratuitos à comunidade da Comarca de Lajeado, muitos deles voltados a casos de violência doméstica. O serviço consiste na orientação jurídica das partes, conciliação de litígios, elaboração de peças administrativas e processuais, acompanhamento processual e participação em audiências.

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