Raimundo Santos Rosa Junior e Pedro Eduardo dos Santos Filho foram colegas durante o Ensino Médio no Colégio Isaac Newton, em Itaituba, no interior do Pará. Quis o destino que, duas décadas depois, eles se reencontrassem durante uma aula inaugural dos Programas de Pós-Graduação (PPGs) Stricto Sensu da Universidade do Vale do Taquari - Univates. O encontro foi uma grande surpresa para os ex-colegas, que não se viam há tanto tempo.
Junior é estudante do mestrado em Ensino de Ciências Exatas (PPGECE) e Filho é mestrando em Ensino (PPGEnsino). Os dois optaram pelo regime intensivo dos cursos para poder frequentar as aulas presenciais em Lajeado e, depois, desenvolver suas pesquisas nas cidades em que residem.
Junior conta que ficou sabendo do curso por meio de um amigo que concluiu o mestrado na Univates e agora é doutorando. Formado em Matemática pela Universidade do Estado do Pará (Uepa), aproveita o período de recesso do trabalho para estar em Lajeado e realizar o sonho de cursar a pós-graduação. Eu e o Pedro concluímos o Ensino Médio em 2003. Depois, cada um seguiu seu caminho e ele foi trabalhar em outra cidade, lembra.
Filho é pedagogo e orientador educacional na Escola Municipal de Ensino Infantil e Ensino Fundamental Bela Vista de Caracol, no município de Trairão, no Pará. Ele também soube do curso por meio de um colega que é professor da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) e realiza o doutorado na Univates. Assim como Junior, encontrou no regime intensivo a oportunidade de iniciar o mestrado sem prejudicar a atuação profissional. Soube que o Raimundo estava aqui quando participei da aula inaugural. Foi uma surpresa! Nunca imaginei revê-lo na Univates.
Os dois seguiram caminhos diferentes e foram unidos mais uma vez pelo conhecimento. Filho ficou encantado com a estrutura da Biblioteca e a tecnologia empregada no campus. A Biblioteca é maravilhosa. Tem um acervo incrível. E não precisa esperar alguém para nos auxiliar. O próprio aluno busca os livros e faz a retirada no autoatendimento, destaca.
Para ele, outro aspecto que chama atenção é o campus aberto à comunidade. Ele entende que o fato de não haver muros demonstra que as pessoas têm uma cultura muito diferente daquela com a qual está acostumado. Os muros são construídos para evitar algumas situações. E aqui as pessoas podem entrar no campus. Isso é questão de cultura, mostra que o conhecimento transforma as pessoas, diz Filho.
Junior gostou tanto da Univates e da cidade que já planeja trazer a mãe e a irmã para conhecerem Lajeado. De todas as regiões, o Sul era o único que ainda não conhecia. E já quero ficar por aqui. É muito bonito e o clima é muito bom, conta. A viagem em família deve ocorrer em julho, quando ele volta à Univates para mais um mês de aulas no regime intensivo.