As memórias são parte de nossa vida e história. São elas que dão significado aos momentos, percursos, vivências, documentos e distintos materiais produzidos ao longo das jornadas escolares de docentes e discentes. O projeto “Brocantes: palavras e coisas da escola” propõe a criação de um repositório de papéis e documentos escolares, com o objetivo de produzir um arquivo público.
O projeto foi elaborado pelo a partir do grupo de pesquisa Currículo, Espaço, Movimento (CEM), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Ensino (PPGEnsino) da Universidade do Vale do Taquari - Univates, em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEdu) da Universidade de Caxias do Sul (UCS), e em conjunto com pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos).
Com base nas memórias da escola, engajaram-se na divulgação do projeto as acadêmicas do PPGEdu Camille Luzia Grizon, Kariane Vendramin, Marlí De Conto, Priscila Ghellere e Simone Maria Spanhol, por intermédio do Seminário de Pesquisa em História e Filosofia da Educação, conduzido pela professora doutora Sônia Regina da Luz Matos. As mestrandas organizaram uma exposição com doações de materiais da época de sala de aula.
Esses materiais e documentos compuseram a exposição “Brocantes”, realizada em Nova Prata, no hall de entrada do Centro Empresarial Vicêncio Paludo, no sábado (3), das 11h às 13h30min, com o principal objetivo de divulgar o projeto para a comunidade regional. Além da proposta executada no sábado, a divulgação aconteceu também na segunda-feira, 5, no campus universitário da UCS, em Nova Prata.
O grupo trouxe uma referência às lembranças, seja de sua infância, seja de seus antepassados. Juntamente com essas reminiscências foram expostos: ervas medicinais, trigo, pinhas, cestas de vime e de palha de milho, sementes e sportas (bolsas confeccionadas com hastes de trigo trançadas), utilizadas para acondicionar os materiais escolares.
Em meio a boletins, cadernos, cartilhas escolares, fotografias, uniformes, pinturas, materiais de pesquisa e para contação de histórias do curso de magistério, há uma saudosa menção a momentos já vivenciados por meio dos registros, aromas, cores e texturas. Foram recordados na exposição memórias afetivas dos tempos de escola, instigando e propondo o movimento de participação aos visitantes.
A exposição chamou a atenção dos transeuntes por meio de falas como: “Uma vez não tinha xerox, tinha mimeógrafo. Ah… e o cheiro do mimeógrafo!” e "A gente tem tanta coisa que não sabe o que fazer!. Que bom que alguém pensou em algum lugar onde esses materiais possam ser guardados da forma que merecem”. Por meio das narrativas, foi possível perceber várias manifestações de interesse na proposta das universidades.
Além dos materiais expostos na ocasião, o grupo disponibilizou a quem prestigiou a exposição o contato das universidades parceiras do projeto, para ampliar a arrecadação de materiais. Quem ainda deseja contribuir com esse movimento pode entrar em contato pelo e-mail brocante@univates.br.
