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Projeto desenvolvido com auxílio de estudante de Psicologia da Univates em Doutor Ricardo garante Prêmio de Boas Práticas da Famurs

Postado as 05/12/2022 15:19:42

Por Lucas George Wendt

A estudante do curso de Psicologia da Universidade do Vale do Taquari - Univates  Sofia Tremea Lorenzi, de Doutor Ricardo, esteve envolvida com um projeto realizado pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras) da cidade que, recentemente, foi contemplado com o prêmio Boas Práticas da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), garantindo o 1º lugar na categoria melhor idade 60+. O projeto também foi o único a receber Nota 100 dos 557 projetos inscritos pelos 220 municípios participantes.

Acervo Pessoal - Divulgação

No momento Sofia realiza um estágio não obrigatório em Psicologia no Cras de Doutor Ricardo e, quando a colega assistente social Daiane Pereira trouxe a ideia do projeto para a equipe, ela logo se disponibilizou a auxiliar na realização. “Nesse projeto, então, contribui desde a identificação dos idosos, a construção das folhas para eles escreverem as cartas, o desenvolvimento da proposta de como realizar o projeto, a realização do encontro, até o auxílio na construção dos materiais e na edição do vídeo para efetuar a inscrição do projeto no Prêmio Boas Práticas da Famurs”, explica. 

“A formação em Psicologia na Univates auxiliou a ter um olhar sensível na construção da proposta, identificando a necessidade de promover um envelhecimento ativo e saudável para os idosos e pensar no quanto essa troca de experiências e afetos contribui no desenvolvimento das crianças e adolescentes”, detalha a futura psicóloga. “Nossa formação sempre nos instiga a pensar em ações que fortaleçam as políticas públicas, e esse projeto, que foi simples, mas bem elaborado e cheio de significados, com certeza poderá ser desenvolvido por outros locais, contribuindo assim para a promoção da qualidade de vida de toda a região”. 

O projeto

O Projeto Social Intergeracional “Cartas, gerações e afetos” foi realizado pelo Cras de Doutor Ricardo entre os meses de abril a julho deste ano. O projeto surgiu a partir da demanda de que a comunicação e os relacionamentos na modernidade e, também, em razão da pandemia, foram rumando para a virtualização e de que as cartas ficaram apenas nas recordações de muitas pessoas. “Esses aspectos acabam impactando na vida das pessoas idosas principalmente, e em nosso município temos uma população expressiva de idosos, sendo cerca de ¼ da população total”, informa a jovem. 

O projeto consistiu, então, na troca de cartas entre crianças e idosos. Participaram 19 crianças e adolescentes da faixa etária de 9 a 12 anos que já são atendidos pelo Cras por meio do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif) e/ou pelo Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV). Já os 19 idosos foram identificados por meio de busca ativa, e procurou-se por aqueles que se encontravam em situação de isolamento social ou outra situação de fragilidade social. 

Acervo Pessoal - Divulgação

Os objetivos do projeto foram proporcionar um espaço de troca e encontro entre as gerações, fortalecer os vínculos familiares e comunitários, promover o respeito entre as gerações, estimular o reconhecimento das fragilidades e potencialidades de cada geração, aproximar essas gerações criando laços entre elas e promover um envelhecimento ativo e saudável.
Sofia Lorenzi

“Percebemos que todos esses objetivos foram alcançados, pois, desde a apresentação do projeto, as crianças e os idosos referiram o quanto gostaram da iniciativa, e hoje muitos deles continuam mantendo contato, fortalecendo os laços que se criaram”. O projeto contribuiu para a ampliação do atendimento aos idosos que se encontravam em alguma situação de vulnerabilidade social e que não estavam sendo atendidos pelo Cras. 

A equipe do Cras sugeriu temáticas que poderiam constar nas cartas, como apresentação do autor e de sua família, um relato sobre momentos inesquecíveis e sonhos para o futuro ou que já haviam sido realizados pelos autores. Primeiramente, a criança escreveu a carta, de forma anônima e sem saber para quem seria. Após, foi entregue essa carta para um idoso, que escreveu outra carta em resposta, a qual foi entregue para a criança. 

“Depois de realizada essa troca, fizemos um café da manhã no Cras para os participantes, e então revelamos quem eram as duplas que fizeram a troca de cartas. Foi uma manhã muito emocionante, de muito afeto, muito amor, muitos sorrisos e muitos abraços, e os laços que se criaram irão se manter muito além desses encontros, como eles mesmos afirmaram”, conta Sofia. 

A estudante conta que apresentou esse projeto em pôster no Simpósio Interdisciplinar de Saúde e Ambiente (Sisa), evento da Univates. “Pude mostrar à comunidade acadêmica um pouco do trabalho que realizamos na área da assistência social do município”.

Clique aqui para conferir o vídeo sobre o projeto premiado.

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