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Internacionalização

Estudantes da Univates compartilham experiências no intercâmbio

Por Lucas George Wendt

Postado em 05/12/2022 14:13:57


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O sonho do intercâmbio presencial pôde, recentemente, voltar a ser vivido pelos estudantes da Universidade do Vale do Taquari - Univates, com a retomada das atividades de mobilidade internacional presencialmente no semestre passado. Entre agosto e setembro a Univates viu a partida para o exterior de cerca de dez estudantes que estão matriculados em disciplinas de universidades de diversos países.

Lucas George Wendt

Os ganhos do processo de intercâmbio 

Para a Universidade, poder enviar seus estudantes para estudar em outras instituições representa um conjunto de benefícios. “Abrir portas para o mundo; possibilitar aos estudantes experiências para além da nossa região; colocar o estudante em contato com culturas e formas de vida distintas, compreendendo as diferenças que nos unem como cidadãos globais; dar acesso a diferentes metodologias de ensino e pesquisa; fomentar o desenvolvimento de competências pessoais dos estudantes fora do seu habitat natural. Simbolicamente é colocar o estudante no mundo e mostrar para ele do que ele é capaz”, salienta a gestora de relações internacionais da Univates, professora Viviane Bischoff. 

Ser reconhecida como uma instituição que se dispõe a enviar e receber alunos é também importante para a reputação institucional. “A reputação institucional cresce na medida em que temos um grande número de universidades estrangeiras que nos ‘valida’ enquanto universidade quando recebe nossos estudantes, quando envia seus estudantes para cá, além de todos os demais tipos de atividades desenvolvidas. Não é apenas um reconhecimento nacional, mas são instituições referência internacionalmente que querem cooperar conosco”, destaca Viviane. 

Em todo o processo do intercâmbio, no entanto, quem mais ganha é o estudante, que tem a oportunidade de ter a experiência. “Sempre digo que, além de todo o impacto das hard skills - competências técnicas que qualificarão o currículo e a carreira do aluno -, as soft skills (competências pessoais), na minha opinião, são as que mais transformam o estudante”, observa Viviane. 

O impacto é visto na grande maioria dos intercambistas, sejam eles os da Univates ou os estrangeiros que vêm para cá. Estar imerso em uma cultura distinta, se submeter a dividir casa e quarto com outras pessoas que agem e pensam diferente, coloca o estudante em situações nas quais ele não imaginou estar. Ele precisa pensar como agir, precisa repensar suas crenças. O estudante precisará dar conta do seu dia a dia sem familiares na retaguarda. Isso tudo traz um crescimento enorme.
Professora Viviane Bischoff, gestora de relações internacionais da Univates.

Acervo Pessoal - Divulgação

Paverama - Áustria 

O estudante de Ciências Contábeis Juliano Pletsch de Azevedo é de Paverama e está na Áustria. Para ele, o intercâmbio é a abertura de possibilidades. “As minhas expectativas giram em torno de adquirir novas experiências e aprendizados. Desejo aprender ao máximo durante o período em que estiver aqui, aprendizado esse que virá tanto da sala de aula, tendo contato com a minha área de estudo, mas com abordagens e visões diferentes, da mesma maneira que virá com a rotina em um continente diferente, com o contato com diversas culturas e a integração com os colegas nativos e estrangeiros”, diz. 

Ele defende que a experiência de viver e estudar na Europa é relevante para o seu desenvolvimento profissional, da mesma forma que é uma grande ferramenta de crescimento pessoal. “Penso que todo o conhecimento e todas as experiências que adquirir durante o período do intercâmbio terão uma influência muito grande no meu futuro profissional, e acredito que me proporcionarão uma nova visão de mundo, como também das áreas financeira/contábil e afins”, explica Juliano.  

“Aqui, os dias e turnos das aulas variam, da mesma forma que os horários. Também me chamou a atenção a rotina universitária dos meus colegas intercambistas, dos mais variados países europeus, em seus respectivos países: grande parte não possui aulas à noite, nem trabalha e estuda ao mesmo tempo, algo que é supercomum e basicamente necessário no Brasil”. 

Teutônia - Portugal

Para o jovem Arthur Horst Hepp, de Teutônia, que está em Portugal, o intercâmbio está aumentando a capacidade de lidar com situações-problema. “Estou mais apto a gerir os desencontros que a vida proporciona, assim como me sinto mais leve em entrar em contato com estranhos, fazendo assim a minha troca de informações muito mais efetiva”. 

O jovem conta que é uma pessoa que sempre trabalhou com máquinas e que, com o intercâmbio, precisou se adaptar para desenvolver habilidades mais voltadas à comunicação interpessoal e à sociabilidade. “Tenho que adaptar a todo o momento a minha comunicação e isso fará de mim, no futuro, um profissional mais completo, com uma gama de experiências muito maiores para poder lidar com problemas maiores também”. 

Acervo Pessoal - Divulgação

Para o estudante de Engenharia Civil na Univates, a educação das pessoas e a segurança são dois aspectos que chamam a atenção durante o intercâmbio. “Eu me espantei com a conduta das pessoas na rua em relação à segurança. Estar do lado de dentro de casa ou do lado de fora é a mesma coisa - tu não precisa ter medo. De início eu ficava muito espiado, tinha receio de deixar minhas coisas no banco da praça ou a mochila num canto enquanto estávamos tirando foto em um ponto turístico, mas não é preciso. As coisas vão ficar exatamente onde estavam - ninguém toca o que não é seu, isso é incrível, eu fiquei bobo!”

Guaporé - México 

A estudante de Direito de Guaporé Shaiane Treviso está no México. Ela foi com expectativas altas para os últimos seis meses. “Além de conhecer um país diferente, quero usar este tempo para estudar e aprender coisas úteis sobre meu curso e sobre a cultura e costumes de outras pessoas. Quero viajar e provar as comidas típicas, conhecer o máximo possível”, disse a jovem no começo do intercâmbio. 

“Eu acredito que esta é uma oportunidade única de aprender de uma forma diferente algo que agregue não somente no currículo, mas à vida. Com as aulas no México eu consigo aprender em uma nova língua as matérias da minha universidade, com um método de ensino novo”, descreve a estudante. 

Shaiane está na cidade de San Luis Potosí. “Tudo é muito diferente do Brasil. A culinária típica é algo bem presente no meu dia a dia, é algo com o que ainda busco me acostumar. Sorvete com pimenta é só uma das formas de ser pego desprevenido com as coisas picantes”, brinca a jovem. 

Lajeado - Alemanha 

Lucas Klaus Toepper, de Lajeado, está na Alemanha. No começo do intercâmbio ele disse: “Para o intercâmbio eu espero vivenciar aquilo que seria a vida em um local completamente novo e diferente, novos costumes, pessoas e idiomas. Espero também aprender como se estuda engenharia por aqui, incrementando esse conhecimento com o que já aprendi na Univates, trocando experiências”, detalha. 

Acervo Pessoal - Divulgação

Para ele, o intercâmbio é uma chance de desenvolvimento profissional. “Eu espero que a soma de todas as experiências e conhecimentos vividos aqui se tornem um diferencial perante os problemas que se colocarão para mim no ambiente de trabalho”.

Em relação aos hábitos culturais, o jovem explica o que mais chama a atenção. “A estrutura da universidade e o quanto os projetos locais são desenvolvidos. Grupos de estudantes têm capacidade de realmente investir naquilo que os intriga. Sobre a cultura, o que mais surpreende é a organização e a preocupação em zelar pela cidade e pelo planeta - todos separam o lixo, levando latas, vidros, garrafas, eletrônicos, papéis e plásticos cada um para o destino correto”. 

Lajeado - Portugal 

O universitário do curso de Odontologia Silas Piccinini Castoldi é de Lajeado e está cursando o intercâmbio em Portugal. Segundo ele, o intercâmbio, além de ser uma experiência transcultural, é uma “escola para a vida”. Ele diz que espera se conhecer mais e melhor com a experiência, bem como aprender e conhecer novos lugares e costumes. 

“A realidade da Odontologia (e eu arriscaria da Saúde em geral) em Portugal é um tanto diferente da realidade brasileira. Os problemas mais comuns são diferentes em cada lugar e, consequentemente, a forma de tratá-los também o é. Tenho tido contato com técnica, instrumentais e materiais com os quais nunca havia tido contato, e só isso já tem sido um grande aprendizado. O fato de estar em um ambiente novo exige esforços de formas diferentes do que eu estava acostumado e, portanto, também tem me feito crescer em novas áreas”, comenta o jovem. 

Logo de cara, ele diz que demorou um pouco para se acostumar com a linguagem. 

Acervo Pessoal - Divulgação

O idioma em si não foi um problema, mas a forma de construir e comunicar as ideias acontece de uma forma diferente. Já estou me habituando com isso. Não posso deixar de citar que, praticamente em qualquer lugar e horário, a sensação de segurança aqui é bem maior que em qualquer lugar que estive no Brasil. As pessoas aqui levam a boa índole muito a sério e confiam que os outros façam o mesmo.
Silas Piccinini, estudante de Odontologia na Univates.

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