Imigrantes que participam do projeto Vem pra cá conhecem a Univates e o Parque Histórico de Lajeado
Postado as 18/11/2022 17:12:58
Por Lucas George Wendt
O projeto de extensão Vem pra cá, vinculado ao Programa de Extensão Arte, estética e linguagem, da Universidade do Vale do Taquari – Univates, desde o ano de 2014, oportuniza aulas presenciais de português como língua adicional para os imigrantes residentes na região do Vale do Taquari/RS.
As aulas são semanais e acontecem nas quintas-feiras, das 9h às 11h, no Colégio Castelo Branco. Atualmente participam do projeto em torno de 25 imigrantes oriundos de diferentes países: Haiti, Taiwan, Senegal, Marrocos e Líbia.
Na manhã do dia 17/11/22, os imigrantes que participam das aulas de português do projeto tiveram uma aula diferenciada. Eles puderam conhecer a Biblioteca Univates e o Parque Histórico de Lajeado por meio de visitas organizadas pela equipe do Vem pra cá. Essa ação é uma das atividades desenvolvidas neste semestre que integra a unidade temática “Conhecendo o lugar onde vivemos”, por meio da qual foram trabalhados textos e vídeos autênticos contendo informações sobre a cidade.
“A ideia é que os participantes do Vem pra cá possam vivenciar situações autênticas de uso do português. Atividades como essas permitem que eles conheçam o lugar em que vivem atualmente, além de ser uma forma de eles interagirem com outras pessoas da comunidade usando o português”, explica a professora Maristela Juchum, coordenadora do projeto.
Os materiais didáticos utilizados para ensinar Português aos imigrantes são planejados por acadêmicos, professores e voluntários do projeto Vem pra cá a partir de uma perspectiva social de uso da linguagem e de uma abordagem intercultural, com o intuito de promover o diálogo entre as culturas representadas pelos alunos oriundos de diferentes países.
O material é dividido em unidades didáticas, que mantêm uma temática, mas seguem um percurso didático definido e distribuído em seções que envolvem o estudo da língua em uso e a gramática. Sua criação decorre, não só da necessidade de usar um material autêntico e vinculado ao contexto da região em que os imigrantes se inserem, como também da necessidade de facilitar o trabalho de voluntários que ministram essas aulas semanalmente.
A elaboração das unidades se baseia na concepção de linguagem como prática social, pautada em temas que visam a contribuir para a inserção desses alunos na sociedade.
