O Dia Nacional da Cultura foi comemorado na Universidade do Vale do Taquari - Univates na última semana, nos dias 3 e 4 de novembro. O Núcleo de Cultura da Instituição promoveu diversas atividades gratuitas e abertas à comunidade. A semana ficou marcada por intervenções artísticas no campus, visita à Bienal do Mercosul, em Porto Alegre, e oficinas de cerâmica e de canto lírico.
A semana da cultura foi diversa, pois a cultura é múltipla. Como Universidade, temos o papel de expor às pessoas os diferentes atos artísticos para formar cidadãos mais críticos, inclusivos e receptivos aos mais diversos movimentos culturais, explica a coordenadora do setor de Cultura e Eventos da Univates, Mariana Heemann Betti.
Na oficina de canto lírico, a ministrante Maíra Lautert fez relato sobre seus estudos, sua carreira e quais as exigências nesse ramo da indústria musical. Além disso, apresentou a história do canto lírico, as classificações vocais e os graus de dificuldade das obras de diferentes compositores. Por fim, os participantes foram convidados a cantar com ela a canção erudita brasileira Azulão, composta por de Jayme Ovalle e com letra de Manuel Bandeira.
A violinista Yasmin Simm Bratkowski encontrou na oficina de canto a oportunidade de conhecer melhor a sua voz. Eu estudei canto lírico por um tempo na minha adolescência. Apesar de não poder continuar frequentando as aulas, eu segui estudando por hobby. O workshop me motivou a investir novamente no desenvolvimento desse lado artístico. Sou a favor de mais iniciativas como esta! Temos uma imensa quantidade de músicos no Vale do Taquari, além de orquestras, bandas e corais, e tenho certeza de que podemos aproveitar muito as oportunidades que a Univates proporciona, conta Yasmin, que integra a Orquestra Gustavo Adolfo/Univates.
Na oficina de cerâmica, ministrada pela ceramista Claudia Jung, os participantes usaram a técnica indígena tupi-guarani conhecida como acordelado. A modelagem da argila nos transporta a um encontro conosco, com o indivíduo, com nossa essência. Como um dos instrumentos para alcance pleno desse processo, usamos a técnica indígena conhecida como acordelado. A técnica pode desencadear encantamento, descobertas, sentimentos e recordações, salienta Claudia.
O doutorando em Ensino da Univates e professor da educação continuada Luís Felipe Pissaia é um profundo admirador da arte. Ele revela que frequentemente se aventura em experiências artísticas, buscando desenvolver a criatividade e a inovação.
Felipe já conhecia o trabalho de Claudia e a curiosidade de trabalhar com a argila o motivou a participar da oficina. A atividade foi disruptiva, algo que nunca havia feito. A contextualização do uso da argila pelos povos primitivos, histórias de família e o resgate dessas diferentes técnicas trouxeram muito significado para o momento. Não foi somente a construção de um objeto de cerâmica, mas o contato com a ancestralidade e até mesmo uma responsabilidade em manter viva essa cultura na comunidade, destaca.
Para ele, iniciativas como esta valorizam a comunidade. Ações como esta facilitam o acesso à arte e qualificam o meio acadêmico pelas reflexões propiciadas. Oportunidades iguais a esta devem ser aproveitadas. Participar de eventos culturais é também preservar práticas da nossa comunidade, completa o doutorando.
Saiba mais sobre o Dia Nacional da Cultura
O dia 5 de novembro foi escolhido como o Dia Nacional da Cultura em homenagem a Rui Barbosa, que foi jurista, jornalista, político, diplomata, ensaísta e orador. Nascido em Salvador, na Bahia, em 5 de novembro de 1849, Rui Barbosa desempenhou importante papel político e cultural no Brasil. Foi autor de várias obras literárias e membro fundador da Academia Brasileira de Letras.