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Um estudo recentemente publicado por pesquisadores da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), da Universidade do Vale do Taquari - Univates e do Laboratório de Paleobiologia da Antártica e Patagônia do Instituto Antártico Chileno (Inach) chamou a atenção por encontrar, 70 anos depois, mais de 100 fósseis em um sítio paleontológico que estava perdido desde 1951 em Dom Pedrito, no sul do Rio Grande do Sul.
A segunda edição do prêmio Descobertas do Ano, criado pelo site Aventuras na História, do Grupo Perfil, destaca quatro pesquisas que concorrem à categoria de Descoberta do ano. A redação do site indicou os principais nomes nas áreas da educação, entretenimento e audiovisual, por meio das categorias: Obra destaque; Livro infantil; Escritor do ano; Descoberta do ano; Obra do ano; Melhor Tiktoker; Melhor série baseada em fatos; Melhor filme baseado em fatos; Melhor produção documental; Destaque do ano; Melhor podcast; e Melhor podcast true crime.
Na categoria Descoberta do ano, a pesquisa desenvolvida em parceria entre Unipampa, Univates e Ufrgs concorre com a recriação do rosto de Shep-en-Isis, múmia egípcia; com a descoberta de sarcófagos e tesouros de 2,5 mil anos no Egito; e com a identificação de sítio arqueológico ligado a quilombolas encontrado em obra do Metrô de São Paulo. Para votar, clique aqui. Os vencedores serão anunciados em cerimônia a ser realizada em breve.
Os estudos relacionados à redescoberta do sítio em Dom Pedrito são desenvolvidos utilizando parte da estrutura do Laboratório de Paleobotânica e Evolução de Biomas do Museu de Ciências da Univates. O sítio fossilífero Cerro Chato é hoje objeto da pesquisa da mestranda Joseane Salau Ferraz na Universidade Federal do Pampa.
Além da mestranda, a pesquisa tem envolvimento do professor doutor André Jasper, pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento (PPGAD) da Univates e coordenador do Laboratório de Paleobotânica; da doutora pelo PPGAD Joseline Manfroi; do pesquisador da Unipampa Felipe Pinheiro, orientador de Joseane; de Karine Pohlmann Bulsing, do Laboratório de Paleobiologia da Antártica e Patagônia do Inach; e da pesquisadora Margot Guerra-Sommer, do Instituto de Geociências da Ufrgs.
Repercussão internacional
A pesquisa desenvolvida com parceria da Univates também recebeu destaque, por seu ineditismo, na imprensa nacional e internacional, incluindo a National Geographic, um dos maiores veículos de comunicação do mundo. Nas diferentes edições da Nat Geo, a matéria foi publicada em francês, chinês e indonésio, por exemplo. A repercussão do estudo gerou centenas de publicações em diferentes canais de mídia pelo mundo e milhares de interações nas redes sociais.
Confira as publicações na National Geographic
Tesouro paleontológico brasileiro perdido é reencontrado após 70 anos (português) | Fosil Harta Karun di Brasil Kembali Ditemukan Setelah 70 Tahun (indonésio) | Lost treasure trove of fossils rediscovered after 70 years (inglês) | Un trésor fossile perdu vient dêtre redécouvert 70 ans plus tard (francês) | 70年前に「失われた」化石の宝庫を発見、大絶滅解明の手がかりか (japonês) | 时隔70年,迷失的化石宝藏重现天日 (chinês).
Saiba mais
Há cerca de 260 milhões de anos, antes mesmo dos primeiros dinossauros, estavam presentes as condições ambientais ideais para a preservação dos organismos que habitavam essa área no passado, os quais, por meio do registro fóssil, ficaram resguardados em finas camadas de rocha e, agora, aos poucos, vão sendo revelados.
A localidade onde os fósseis foram resgatados é conhecida como Cerro Chato, tendo sido descoberta e descrita pela primeira vez em 1951 por pesquisadores que realizavam mapeamento geológico no Pampa gaúcho. Naquela oportunidade, fósseis, especialmente de plantas, foram coletados e descritos, evidenciando desde então a importância do sítio fossilífero para a paleontologia nacional. Os recursos tecnológicos disponíveis na época, no entanto, não permitiram o referenciamento geográfico exato do sítio fossilífero, que teve sua localização perdida por sete décadas.