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Estudante da Univates analisa a relação entre o estado nutricional e o nível de atividade física em idosos institucionalizados e não institucionalizados

Postado as 01/09/2022 14:42:07

Por Pietra Darde

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Isabel Pavan

Com o envelhecimento da população, a procura por instituições de longa permanência para idosos (ILPIs) também vem aumentando e representa uma nova forma de moradia à pessoa idosa. Por outro lado, há idosos que ainda optam por permanecer no seu próprio lar. Independentemente das condições de vida, o estado nutricional e a prática de atividade física são fatores importantes para garantir o envelhecimento saudável. 

Em seu Trabalho de Conclusão do Curso (TCC) de Nutrição da Universidade do Vale do Taquari - Univates, a estudante Letícia Meires Quinot averiguou a relação entre o estado nutricional e o nível de atividade física em idosos institucionalizados e não institucionalizados.

Letícia argumenta que há uma necessidade de desenvolver pesquisas sobre esse tema, visto que é progressivo o aumento da população idosa ao longo dos últimos anos e a tendência é que esse aumento continue. 

“A partir da identificação dessas demandas que surgem a partir das pesquisas, poderemos melhorar a qualificação dos profissionais da área da saúde para aprimorar os atendimentos à população idosa e aumentar os programas públicos voltados ao atendimento e ao cuidado dos idosos. O estado nutricional do idoso e a atividade física influenciam diretamente na qualidade de vida do idoso, e, consequentemente, na expectativa de vida”, explica Letícia.

Para a pesquisa, foram analisados dados de 350 idosos, sendo de 245 de residentes em ILPIs e de 105 idosos não  institucionalizados, atendidos em uma Estratégia Saúde da Família do município de Lajeado. Os dados são oriundos de dois bancos de dados, coletados entre os anos de 2017 a 2020. Além disso, foram aplicados uma versão curta do Questionário Internacional de Atividade Física e um outro questionário sobre idade, sexo, peso atual e altura.  

 

Divulgação/Acervo pessoal

Resultados

A estudante verificou que a maior parte dos idosos analisados estavam institucionalizados, são do sexo feminino e estavam com excesso de peso e com nível de atividade física classificado como sedentário.

A obesidade e o nível de atividade física ativo associaram-se significativamente aos idosos não institucionalizados, e o baixo peso, eutrofia, sobrepeso e nível de atividade física sedentário estavam associados aos idosos institucionalizados.

O resultado pode estar relacionado ao fato de que idosos não institucionalizados possuem um maior consumo alimentar e menor gasto energético diário, visto que estes idosos possuem vida ativa em sociedade, tendo mais autonomia e opção de escolhas alimentares com maior teor calórico. Já para idosos institucionalizados, os resultados sugerem que há uma menor ingestão alimentar, que pode estar relacionada à redução da oferta e variedade de alimentos oferecidos, assim como a diminuição da mobilidade e autonomia para realizar sua alimentação. 

Considerando que o estudo foi realizado em uma região muito específica,a autora sugere a elaboração de novas pesquisas para determinar as causas e o impacto do baixo  peso, obesidade e sedentarismo em idosos institucionalizados e não institucionalizados, com o intuito de direcionar os cuidados e a atenção à saúde do idoso para o envelhecimento com qualidade de vida.

O estudo foi publicado recentemente na revista Research, Society and Development e pode ser conferido na íntegra clicando aqui. 

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