Com a suspensão das aulas presenciais durante a pandemia de covid-19, professores tiveram que adotar novas maneiras de ensinar à distância. O desafio foi ainda maior para a disciplina de Educação Física, que tem como característica o contato físico e as experimentações corporais. Foi pensando nisso que a diplomada Sabrina Raquel Kich investigou como a Educação Física escolar foi realizada nos anos finais do Ensino Fundamental no período de aulas remotas e quais experiências didático-pedagógicas surgiram a partir desse contexto. Com orientação do professor doutor Derli Juliano Neuenfeldt, o estudo foi desenvolvido para o Trabalho de Conclusão do Curso (TCC) de graduação em Educação Física - licenciatura da Universidade do Vale do Taquari - Univates.
Escolhi estudar esse tema por conta da vontade de entender algumas questões sobre o período de aulas não presenciais, olhando para as várias adequações e mudanças que foram necessárias para a continuidade das aulas de Educação Física escolar nos anos finais do Ensino Fundamental. Além disso, era uma inquietação para as escolas e para a Educação Física pensar em como as atividades desse componente seriam desenvolvidas com os alunos, como agir e pensar no ensino nesse momento, sabendo-se que não havia muitas pesquisas e estudos sobre essa temática, explica Sabrina.
A pesquisa foi realizada em uma escola municipal de Ensino Fundamental localizada em uma cidade do Vale do Taquari. Os sujeitos da pesquisa, que foram o professor de Educação Física, um membro da equipe diretiva e cinco alunos do 7º ano do Ensino Fundamental, participaram de entrevistas e de grupos de discussão. A partir do levantamento, verificou-se que foram buscadas novas técnicas e formas de desenvolver os conteúdos da disciplina, principalmente por meio das tecnologias digitais.
As atividades aconteciam por meio das redes sociais, como WhatsApp e YouTube, da plataforma da prefeitura e, em 2021, de aulas on-line, diariamente, pelo Google Meet. Além disso, também foi utilizado material impresso com textos e imagens. Já as atividades que exigiam práticas corporais e esportes foram adaptadas e realizadas com materiais simples existentes na casa dos alunos, como corda, tampinhas de garrafa, caixas de papel, entre outros objetos.
A pesquisadora concluiu que o ensino remoto quebrou paradigmas no ensino da Educação Física escolar, como, por exemplo, de ela ter que ser prática e de ter que ser apenas desenvolvida na escola.
Hoje, como mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ensino da Univates, Sabrina está envolvida em outras temáticas que se aproximam dessa linha de pesquisa. Neste momento, ela estuda sobre o corpo, sua relação e representações no ensino.
No momento estou trabalhando em uma outra temática que acredito que vai contribuir muito para esse curso e para minha formação. Futuramente pretendo continuar estudando sobre esses temas tão complexos e importantes para as crianças e adultos, sendo os estudos em ambientes escolares ou não escolares, finaliza.
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