O curso de Estética e Cosmética da Universidade do Vale do Taquari - Univates iniciou suas atividades em 2008, tendo sido aprovado para a oferta em 2007, ou seja, há cerca de 15 anos. Desde então, uma das áreas de atuação dos estudantes, professores e diplomados é a promoção do bem-estar de pessoas da comunidade que acessam os serviços vinculados ao curso. Atualmente o curso conta com mais de 250 diplomados.
Além da infraestrutura completa e moderna, a proposta curricular do curso de Estética e Cosmética da Univates é inovadora e conta com aulas práticas desde o início da formação ‒ o que se intensifica quando o estudante chega ao fim do curso e passa a realizar práticas supervisionadas na área. As vivências com atendimentos à comunidade acontecem principalmente nos campos da estética facial, capilar e corporal. O atendimento é realizado semestralmente nas disciplinas Habilidades em Estética e Clínica em Estética.
Conforme a docente Giovana Sinigaglia, as afecções da pele, que são um dos focos dos estudantes nos atendimentos à comunidade, têm influência na vida das pessoas que vai além do aspecto estético. “É amplamente documentado na literatura científica que pessoas com acne ou manchas têm impactos na qualidade de vida sofrem impactos em sua qualidade de vida, apresentando sinais de depressão, por exemplo. Quando os profissionais da área da estética conseguem realizar um trabalho com resultados, melhoram a autoestima e a autoimagem das pessoas também”, explica.
“Atendemos em torno de 20 pacientes por semestre. No semestre passado foram atendidas 25 pessoas e, neste semestre, temos em torno de 30 pessoas sendo atendidas. Há um bom número de atendimentos sendo realizados há pelo menos 12 anos, desde o início do curso”, relata a professora.
A autopercepção das pessoas é algo que o profissional da área da estética busca constantemente melhorar, nem sempre com a realização de intervenções. “A partir do momento que algum aspecto do corpo ou da pele do paciente é melhorado, resulta em mais confiança e mais segurança”, observa Giovana.
Além das intervenções na pele do rosto, os estudantes do curso de Estética e Cosmética da Univates realizam outras intervenções no corpo, como massagens, drenagem linfática manual, utilização de recursos como ultrassom, radiofrequência e plataforma vibratória, conforme as necessidades do paciente. “O aluno realiza intervenções ao longo de seis meses com os seus pacientes. Durante esse processo ele consegue perceber o impacto do seu trabalho na melhoria da qualidade de vida do sujeito atendido”, ressalta a docente.
“Eu vejo a Estética enquanto área muito além da estética”
A estudante Taís Valcarenghi, de Carlos Barbosa, recentemente iniciou seus primeiros atendimentos na área como estudante do curso. “São pessoas que chegam de fora da Univates, diferente do processo de realizar os atendimentos com as colegas. É muito importante perceber como é atender as pessoas da comunidade. Dá um frio na barriga, sim, é bem desafiador, mas flui bem. Eu gosto muito de conversar e lidar com as pessoas”, descreve a jovem.
Para ela, lidar com o público da comunidade é importante para a sua formação profissional. “Ter essa oportunidade ajuda no meu desenvolvimento. Me sinto melhor preparada, com certeza, tendo essa oportunidade”. Segundo Taís, o impulso pela mudança deve partir de uma percepção do paciente, não de pressões sociais que ele sofre, e é papel do profissional da estética ocupar esse espaço de orientação e conscientização.
“Eu vejo a Estética enquanto área muito além da estética. Ela está completamente relacionada com aspectos mais amplos da saúde humana. Com certeza é ir além do conceito de embelezamento. É entender o paciente, identificar algo que o incomoda e perceber que isso tem relação direta com a saúde dele, é muito potente. Lidamos com pessoas, com vidas, com os sentimentos delas. Conseguir fazer com que o paciente saia dos atendimentos com um sorriso no rosto, identificando que você o ajudou por completo, é muito gratificante. Estética é saúde, cuidado, carinho e empatia”, observa Taís.
