Desde o início da pandemia da covid-19, em fevereiro de 2020, pesquisadores de todo mundo, seja do meio acadêmico ou privado, vêm juntando esforços para tentar compreender os diferentes aspectos relacionados ao agente etiológico conhecido como o SARS-CoV-2.
Assim, o conhecimento sobre a transmissibilidade, letalidade foram sendo ampliados ao longo da pandemia. Até hoje a ciência já foi capaz de fornecer respostas para aspectos como a invasão nas células hospedeiras, processos inflamatórios desencadeados pela infecção viral, aparecimento de mutações no genoma do vírus, bem como o desenvolvimento de vacinas.
E, nesse contexto, os pesquisadores voltaram suas atenções às variantes do SARS-CoV-2 que surgiram e que ainda estão surgindo, com o intuito de avaliar o impacto delas na eficácia das vacinas. As mutações que surgem no genoma do SARS-CoV-2 não são incomuns, mas precisamos estar atentos a elas.
Recentemente a variante ômicron, identificada inicialmente em Botsuana, na África, gerou furor devido ao seu alto número de mutações localizadas, principalmente na proteína Spike, a qual é responsável pela etapa inicial do processo de infecção.
Mas por que o aparecimento de mutações nesta proteína poderia ser um motivo de preocupação? Quando as diferenças ocorrem no genoma, acende um sinal de alerta. Essa nova variante é mais transmissível? Diminuirá a eficácia das vacinas? Vamos passar por uma nova onda? Ainda não temos as respostas definitivas para essas perguntas.
A emergência da variante ômicron ainda é muito recente para se afirmar sua maior patogenicidade. Entretanto, o que podemos fazer é vacinar assim que possível e continuar com as medidas de distanciamento social e uso de máscaras.
O texto foi desenvolvido pelos pesquisadores dos Programas de Pós-Graduação em Ciências Médicas (PPGCM) e em Biotecnologia (PPGBiotec) da Universidade do Vale do Taquari - Univates:
Profa Dra. Verônica Contini - Coordenadora e pesquisadora do PPGBiotec
Prof. Dr. Luís Fernando Saraiva Macedo Timmers - Coordenador e pesquisador do PPGCM
Profa Dra. Daiane Heiderich - Pesquisadora do PPGCM