O diplomado pelo curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Vale do Taquari - Univates Micael Salvi, de 26 anos, é o mais jovem entre os profissionais que participaram das Mostras EliteDesign, em Porto Alegre, e Conecta Decor, em Caxias do Sul. Seu trabalho vem recebendo destaque entre publicações e eventos da área, uma vez que ele desenvolve projetos que envolvem os conceitos de neuroarquitetura e biofilia. Salvi é natural de Bento Gonçalves e atualmente reside em Carlos Barbosa.
A neuroarquitetura contribui para que as pessoas diminuam a ansiedade e é um componente relevante do trabalho do jovem, diplomado pela Univates em 2019. A biofilia é outro elemento importante para o trabalho de Salvi, conceito esse que explora a necessidade humana de estar em contato, interagir e se relacionar com a natureza.
Para Micael, a graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Univates foi muito importante. Hoje percebo como os embasamentos teóricos e técnicos são aplicados com grande frequência no meu dia a dia, explica o jovem. Ele também destaca a rede de contatos que a Universidade promove. O convívio com ex-colegas e profissionais da área é importante. Existe uma grande troca de experiências no nosso círculo de convivência, revela.
Para o profissional, um dos pontos mais importantes que desenvolveu na faculdade é a crítica aos projetos, que lhe permite interpretar e compreender os princípios que levaram grandes obras a serem como são. Além disso, esse olhar crítico nos instiga a busca sempre por mais conhecimento, afirma Salvi.
Neuroarquitetura e biofilia
O arquiteto explica. A arquitetura comercial é uma área muito beneficiada pelos conceitos de neuroarquitetura e biofilia, especialmente ao longo da pandemia de covid-19, que, provavelmente, ampliou de forma permanente a inserção de projetos que carregam esses elementos em sua gênese.
Atualmente passamos mais de 90% de nossas vidas dentro de algum ambiente construído, o que torna a nossa responsabilidade como arquitetos ainda maior. O mercado e a economia ainda estão vendendo arquitetura como um produto e não como um serviço que proporciona experiências físicas e psicológicas às pessoas, afirma o arquiteto.
A neuroarquitetura já era estudada por Vitruvius entre 80 a.C. e 15 a.C, para quem fatores sensoriais, a partir da arquitetura, contribuem para o bem-estar das pessoas. A biofilia seria uma atração a tudo o que é vital. De forma prática, o conceito seria conectar os humanos com a natureza para melhorar o bem-estar, e o arquiteto pode abordar esses conceitos por meio do uso de vegetação, texturas naturais, e outros elementos, complementa.
Mostras
Na EliteDesign, mostra de Arquitetura, Design de Interiores e Paisagismo, que foi recentemente realizada em Porto Alegre, o arquiteto apresentou um projeto inspirado no futebol americano. Na Conecta Decor, em Caxias do Sul, em mostra encerrada em outubro, o jovem projetou um spa com elementos orgânicos e circulares que remetem ao acolhimento.