Um protocolo de testagem desenvolvido pela Petrobras, pelo Instituto Senai de Inovação em Química Verde e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) está sendo aplicado pela Universidade do Vale do Taquari - Univates. Chamada de protocolo otimizado para detecção do SARS-CoV-2 (novo coronavírus), a inovação permite ampliar a disponibilidade de testes de Covid-19 à população.
O método desenvolvido pela parceria entre as organizações nacionais e aplicado regionalmente pela Univates é mais rápido do que os testes individuais. Com o protocolo otimizado de testes é possível avaliar mais pessoas ao mesmo tempo, identificando a presença do vírus em grupos, e não somente de maneira individual.
Conforme o diretor de Serviços em Saúde da Univates, professor Jairo Luís Hoerlle, a Instituição foi convidada a participar da iniciativa a partir do engajamento com as testagens no Vale do Taquari e áreas próximas por meio de contratos e convênios do Laboratório de Análises Clínicas (LAC) Univates com hospitais, secretarias de saúde e empresas.
Hoje são cerca de 90 testes realizados por dia no LAC. Com a técnica é possível ampliar para até 300 exames por dia na Univates, com entrega dos resultados em até 48 horas.
O método, no entanto, somente poderá ser aplicado para avaliações em grupos preestabelecidos conforme mapeamento da Petrobras. Um dos públicos que poderá ser mapeado e testado são estudantes, tendo em vista o possível retorno das atividades presenciais nas instituições de ensino da região. Os exames particulares ou os realizados por meio de convênios e hospitais atendidos pelo LAC continuam usando a técnica de coleta tradicional.
A proposição de realizar testes em grupos específicos privilegia aqueles que compartilham e coabitam espaços. Estudantes e profissionais de um serviço ou setor normalmente são testados juntos, pois eles estão juntos cotidianamente. A potencialidade do protocolo é muito mais eficiente nesses casos, quando é possível acompanhar coletivamente, explica o professor.
De acordo com Hoerlle, a metodologia de testes proposta pela Petrobras também tem impacto social. Neste sentido é que os testes devem ser pensados. A avaliação da necessidade ou da possibilidade de uso dessa metodologia deve estar relacionada ao tipo de público e ao tipo de interação que esse público tem com outros grupos sociais, finaliza.
As instituições parceiras de todo o Brasil formarão uma rede nacional de testagens com o novo método. No Rio Grande do Sul, além da Univates, a Pontifícia Universidade Católica (PUCRS) também participa. A responsável pelo projeto na Univates é a professora doutora Andréa Horst. A Petrobras estima que o protocolo pode ampliar em até 10 vezes a capacidade de testagem dos laboratórios do País.
Mais informações podem ser obtidas pelo WhatsApp (51) 99541-1660 ou pelo telefone (51) 3714-7041.