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Coronavírus

Em três meses de atuação, linha de apoio psicossocial registra 80 atendimentos

Por Júlia Amaral

Postado em 18/06/2020 08:31:19


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Disponibilizada em março em caráter temporário, a linha de apoio psicossocial da Universidade do Vale do Taquari - Univates permitiu o acolhimento psicossocial sem a necessidade de a pessoa sair da segurança de sua casa, dada a pandemia de coronavírus. Na última sexta-feira, dia 12, os trabalhos na central de atendimento foram encerrados. O serviço foi uma parceria entre a Univates, a Prefeitura Municipal de Lajeado e a Rede de Apoio Psicossocial, que contou com a participação de 14 psicólogas voluntárias, capacitadas para atuação em situações de crise e emergência. Em todo o tempo de atividade foram registrados 80 atendimentos, realizados principalmente a moradores de Lajeado.

Nicole Morás

Conforme a psicóloga responsável pela organização da equipe da central de atendimento, Suelen Beal Miglioransa, as pessoas acolhidas relataram, principalmente, sintomas de ansiedade, medo e angústia ligados ao risco de contaminação, crise socioeconômica e isolamento social. As situações mais graves, severas e persistentes, que necessitavam de avaliações presenciais e monitoramento, eram direcionadas aos serviços de saúde ou assistência social da rede municipal de Lajeado.

“É importante destacar que o apoio psicossocial em situações de crise e emergência, até então, sempre foi preconizado para acontecer presencialmente devido à gravidade das emergências e desastres. Com o distanciamento social, surgiu a necessidade de adaptar os protocolos de crise, o que foi realizado pela equipe da central de atendimento e tornou a Univates a pioneira no Brasil na organização de uma central telefônica que ofertasse apoio psicossocial por telefone”, lembra Suelen.

No início das atividades, a central ofertou atendimento 24 horas por dia, sete dias por semana. Na sequência, os horários foram ajustados conforme a demanda da comunidade. “Nas primeiras semanas da crise, entre março e abril, foi o período de maior procura por atendimento”, conta a psicóloga. A diminuição da demanda é esperada nos cenários de crise e emergência, uma vez que os serviços especializados são pensados em caráter temporário para complementar a rede de apoio.

Os atendimentos de apoio psicossocial da central telefônica foram suspensos, mas as pessoas que sentirem necessidade seguirão sendo acolhidas nas Unidades de Saúde de seus bairros e também, em situações mais graves, no Centro de Atenção Psicossocial (Caps). Em caso de emergências em saúde mental, fora do horário comercial, os usuários podem buscar a Unidade do Pronto Atendimento (UPA). O serviço estadual do Centro de Valorização à Vida também fica disponível 24 horas por dia para apoio emocional e prevenção ao suicídio, pelo número 188.

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