Utilizamos cookies neste site. Alguns são utilizados para melhorar sua experiência, outros para propósitos estatísticos, ou, ainda, para avaliar a eficácia promocional do nosso site e para oferecer produtos e serviços relevantes por meio de anúncios personalizados. Para mais informações sobre os cookies utilizados, consulte nossa Política de Privacidade.

ODS, Tecnologia

Tecnologia da informação também é coisa de mulher

Por Júlia Amaral

Postado em 12/05/2020 13:55:15


Compartilhe

“Eu vejo todas as mulheres que atuam na área de Tecnologia da Informação (TI) como guerreiras, persistentes na conquista de seu espaço”, enfatiza a professora da Universidade do Vale do Taquari - Univates Maria Claudete Schorr. Durante a licenciatura em Computação, ela era uma das poucas mulheres no curso. Na turma de 50 estudantes, apenas três mulheres se formaram no ano de 2003. Mesmo com poucas referências femininas, o interesse pela tecnologia era grande e fez com que a professora buscasse a especialização em Tecnologias na Educação, o mestrado em Ensino de Ciências Exatas e agora o doutorado em Informática na Educação. 

O interesse por tecnologia surgiu antes mesmo da escolha do curso de graduação.

Meu melhor brinquedo era um livro de geometria do meu pai e uma calculadora, depois passou a ser também a máquina de escrever. Ficava horas brincando com isso, fazendo cálculos e simulando situações de escritório
Maria Claudete Schorr

Aos 15 anos, ela fez um cursinho de computação, no qual teve seu primeiro contato com o computador utilizando a linguagem de programação Basic. A identificação com a área foi tanta que aos 17 anos ela já iniciava suas atividades como docente, dando cursinhos de computação e informática.

Para a diplomada em Sistema de Informação Fernanda Elisa Finkler, as mulheres têm muito a agregar na área de TI. “As mulheres muitas vezes têm um olhar um pouco diferente sobre os sistemas e processos, o que pode agregar de forma positiva no desempenho da função na área”, afirma. Fernanda conta que quando prestou vestibular, em 2007, essa não era uma área muito conhecida. Foi justamente isso que despertou sua curiosidade. Durante a graduação, concluída em 2017, Fernanda teve poucas colegas mulheres. Para ela, o mercado de trabalho na área de TI é bastante próspero para todos, independentemente do gênero.

Recentemente, a YouthSpark, da Microsoft, divulgou uma pesquisa alertando que apenas 18% dos graduados em áreas da Ciência da Computação são mulheres. Além disso, 25% dos empregados nessa área são do sexo feminino. Ainda em 2017, a Organização das Nações Unidas (ONU) Mulheres alertou que as mulheres não estavam incluídas nos principais postos de trabalho gerados pela revolução digital. Jovens que iniciaram sua caminhada na área de TI há pouco tempo percebem, aos poucos, melhoras nesse cenário.

A estudante do oitavo semestre do curso de Engenharia de Software Morgana Bagatini diz que mais meninas entraram em cursos dessa área desde que ela começou a faculdade em 2013. “Como a sociedade no geral passou a discutir mais a questão das minorias e preconceitos, a mulher, que antes se sentia mais acuada, hoje reconhece seu espaço e se sente mais à vontade para não aceitar comportamentos machistas. Acredito que os homens também mudaram seu ponto de vista com isso”, analisa Morgana. Para ela, a TI sempre pareceu ser muito promissora, o que a motivou a ingressar na área. A estudante percebe que o mercado de trabalho para mulheres que querem atuar nessa área já melhorou bastante, mas ainda há muito para evoluir. “Há muito espaço na área e acredito que isso é uma oportunidade para nós mulheres. Aumentando a diversidade vamos diminuindo o machismo e quebrando o estereótipo de que o profissional de TI é um nerd sem vida social”, diz.

Meninas na Ciência

Em 2019, a Univates foi uma das instituições contempladas pelo edital Meninas nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação, lançado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O objetivo do edital é apoiar projetos que visem a estimular a formação de mulheres para as carreiras de ciências exatas, engenharias e computação no Brasil, despertando o interesse de estudantes do sexo feminino da Educação Básica (Ensino Fundamental a partir do 6º ano e do Ensino Médio) e do Ensino Superior por essas profissões e para a pesquisa científica e tecnológica. 

Conforme a professora Sônia Gonzatti, coordenadora do programa Ciências para Meninas na Univates, a formação da cultura científica, com meninas aprendendo, mediando e difundindo saberes e práticas no âmbito das ciências exatas e engenharias, vai ao encontro dos crescentes debates sobre questões de gênero.

Vestibular com inscrições abertas

A Univates está com inscrições abertas para 35 cursos presenciais e 18 na modalidade a distância (EAD). Os candidatos podem se inscrever de forma gratuita para o vestibular, que está sendo realizado de forma on-line, em www.univates.br/vestibular. Para participar, o candidato seleciona a modalidade e o polo, quando for curso EAD, e preenche um formulário com seus dados. Ao finalizar a inscrição, o candidato recebe e-mail com uma senha para acessar o ambiente virtual de prova em univates.br/startunivates. A prova pode ser realizada a qualquer momento e tem duração de até duas horas a partir do sorteio do tema da redação.

A correção das provas acontece em até 48 horas, e o resultado é enviado para o e-mail do candidato, que, se aprovado, pode realizar sua matrícula de forma on-line em univates.br/startunivates.

Fique por dentro de tudo o que acontece na Univates. Escolha um dos canais para receber as novidades:

Compartilhe

voltar