Um grupo de professores do curso de Pedagogia da Univates implementou, em meados de 2013, uma série de atividades de extensão com o objetivo de fomentar experimentações, formações estético-artísticas e culturais, posturas éticas de afirmação da vida e maneiras inovadoras de ser e agir. Na época, o projeto Pensamento Nômade foi pensado como prática paralela ao currículo do curso de Pedagogia.
Atualmente, discentes e docentes dos cursos de Pedagogia, Design, Design de Moda, Fotografia e Educação Física (licenciatura) ministram oficinas diversas nos três centros de atendimento da Sociedade Lajeadense de Auxílio à Criança e ao Adolescente (Slan) e na Escola Estadual de Ensino Fundamental (EEEF) São João Bosco, ambas comunidades parceiras do projeto.
Na coordenação do projeto está a professora do curso de Pedagogia da Univates Fabiane Olegário. Ela explica que o objetivo das ações é desenvolver atividades culturais e artísticas para alunos que frequentam turnos integrais de instituições parceiras.
Fabiane comenta que sua participação em atividades de extensão já data de tempo considerável. Antes de 2013 coordenei um grupo de estudos, cujo objetivo centrava-se em repensar as práticas docentes e problematizar alguns discursos dominantes no âmbito educacional. O grupo era formado por professores da educação básica da região do Vale do Taquari e por acadêmicos da Univates. Falar do projeto hoje é, também, olhar para tudo o que construímos, é perceber que a extensão pode transformar nossas perspectivas, pois a troca com o outro é sempre constante e potente, explica.
A diretora da Slan, Mara Rejane Bocchese, acredita que o Pensamento Nômade contribui para potencializar experiências significativas no universo de quem é contemplado por ele. As ações oportunizam vivências diversas e possibilitam novas aprendizagens, principalmente o resgate de valores positivos, a formação e o preparo para a vida, comenta.
Oficinas buscam desenvolver perspectivas de fotografia e de dança
O projeto Pensamento Nômade, que desde 2018 já beneficiou cerca de 200 pessoas, oferece a crianças e jovens oficinas artísticas e culturais voltadas à formação ético-estética. Discentes e docentes dos cursos de Pedagogia e Fotografia auxiliam no manejo de equipamentos tecnológicos em dinâmicas determinadas.
Conforme Fabiane, estão sendo criados objetos de pensar a partir da experimentação com câmeras fotográficas profissionais. Já estudantes e professores ligados aos cursos de Educação Física (licenciatura) e Design trabalham na capacitação dos acadêmicos, desenvolvendo oficinas que objetivam pensar a letra e a dança. Segundo Fabiane, também empregam esforços na realização de atividades de mesmo cunho discentes e docentes dos cursos de Pedagogia e Design de Moda.
Fabiane afirma que coordenar e participar de um projeto de extensão é transformador e muito enriquecedor para sua formação pessoal e profissional. Estou num espaço privilegiado que me conecta com a arte, a música, a literatura, a fotografia e o cinema. As ações extensionistas extrapolam os muros das instituições e auxiliam no desenvolvimento de nossa região, conclui.