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Um gol marcado dentro da sala de aula

Por Artur Dullius

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Ser jogador. Essa talvez é a resposta de grande parte dos meninos com idade entre cinco e 13 anos quando questionados sobre o futuro. Os jovens veem na bola a possibilidade de uma vida com dinheiro e fama. Porém, muitas vezes, a realidade não é essa. A exigência física e as "traumáticas" lesões interrompem a carreira antes do desejado, tornando-a ainda mais curta. E aí surge a dúvida: o que fazer?
 
Com dia a dia corrido, marcado por treinos, às vezes em dois turnos, jogos, entrevistas, viagens e concentrações, são raros os atletas que se encontram dentro da sala de aula. Alguns usam o tempo que resta para descansar e outros aproveitam com a família. Porém, há quem tente vencer essa “dura partida” e exercer as duas funções.
 
Para o professor do curso de Educação Física da Univates Lauro Ely, o baixo número de atletas na sala de aula tem entre os principais motivos o fator cultural. "Jogadores de 13 anos já têm empresários e recebem altos salários. Eles se assustam com esse dinheiro e acabam entrando na chamada zona de conforto", destaca.
 
Contrariando essa “cultura” está Eduardo Bitencourt, ou então Dídi, como é conhecido no futsal. O atleta, natural de Canoas, defende neste ano as cores da Associação Lajeado de Futsal (Alaf) e é um dos poucos jogadores que concilia o tempo entre as quadras e as salas de aula. "Meus pais sempre deixaram claras as incertezas da carreira de um atleta. É preciso ter tanto outra alternativa de vida como conhecimento e estudo, que são fundamentais na vida de qualquer pessoa”, afirma.
 
O ingresso na faculdade foi aos 17 anos, quando começou a cursar Administração. Porém, o destaque nas quadras afastou o jovem atleta da sala de aula. Emprestado ao Brasil Kirin, Dídi foi jogar em São Paulo e trancou a faculdade por um tempo.
 
Depois de dois anos longe, o atleta viu em Lajeado a possibilidade de voltar para a sala de aula, mas agora em um área diferente: a publicidade. "A ideia de voltar a estudar foi um pontapé meu. Antes eu era novo e só queria saber de jogar, agora eu tenho essa vontade de estudar e de aprender sobre publicidade. Futuramente pretendo trabalhar com isso e por que não mesclar o futebol com a publicidade? O marketing está em tudo", afirma o jogador.
 
Conforme o atleta, o conhecimento adquirido já é aplicado em quadra. “Levo muitas lições da sala de aula para o jogo. O futsal é um esporte que trabalha e estimula o raciocínio rápido constantemente. O estudo me ajuda a entender melhor os momentos dos jogos e assim tomar as decisões certas”, comenta.
 
Segundo o professor da Univates, a rotina dos atletas é imprevista, mas não influencia no desempenho acadêmico. “Já tive muitos alunos que jogavam profissionalmente e todos conseguiram ter desempenho excelente em sala de aula”, afirma. Quadros acredita ainda que o estímulo ao estudo deveria começar desde as categorias de base.
 
Questionado sobre a relação com os colegas na sala de aula, o atleta destaca: “Eu não costumo falar que sou jogador, então, poucos sabem no início do semestre. Mas quando começam os jogos, o pessoal me vê em quadra e aí todos descobrem”, lembra. Eduardo salienta ainda que o sistema da Univates facilita o estudo a distância em dias em que ele não pode estar presente na sala de aula devido às viagens ou jogos.
 
Essa matéria faz parte da edição 2 da Revista Univates. A versão digital está aqui. Confira no vídeo a matéria feita pela Tv Univates.
 
Texto: Artur Dullius

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