A cerimônia de abertura da Olimpíada ocorre amanhã, mas a bola já começou a rolar. As disputas do futebol feminino iniciaram antes mesmo de a tocha olímpica chegar à capital carioca. Primeira equipe do país-sede a entrar em ação na Rio 2016, o time brasileiro estreou, na última quarta-feira, com vitória nos Jogos Olímpicos ao derrotar a China por 3 a 0.
E por falar em equipe, das 306 medalhas de ouro em disputa, 16 vêm de esportes coletivos: basquete, futebol, handebol, hóquei na grama, polo aquático, rugby, além de vôlei de quadra e de praia. Disputadas em equipes, as modalidades são sinônimo de união, integração e motivação entre os atletas.
Conforme explica Leonardo de Rosa, coordenador do curso de Educação Física – bacharelado, um esporte desenvolvido de maneira coletiva pode trazer ainda mais benefícios aos atletas, visto que muitos fatos mudam nessas situações. “Nos esportes individuais existe grande sobrecarga sobre os atletas, principalmente em se tratando de responsabilidade. A cobrança individual pelo resultado é imensa e isso é amenizado quando há mais atletas na equipe”, afirma.
O professor lembra ainda que o sentimento de frustração individualizado é menor e o resultado perante o erro também é diferente. “A definição final, é claro, se dá por um atleta, mas o resultado é fruto de trabalho coletivo”, salienta. Além disso, quem nunca se inspirou em algum companheiro? No esporte coletivo esse sentimento ocorre intensamente por meio de apoio mútuo e motivacional entre os atletas.
Conforme Rosa, é preciso ter cuidado, pois esse apoio nem sempre é positivo. “Se o atleta, mesmo estando em alto nível de cansaço, perceber que seu companheiro está se esforçando pela busca do resultado, a tendência é que ele busque o 'gás a mais'. Mas o contrário também pode ocorrer quando os atletas se desmotivam com o erro de algum companheiro”, explica, lembrando ainda que essas práticas facilitam o convívio social e, além de manter amigos, são ótimas formas de fazer novas amizades.
Esperança olímpica
O Brasil, quando o assunto é esporte coletivo, entra em disputa acirrada com os EUA. Na Olimpíada, os americanos aparecem como favoritos em várias modalidades. Mas o Brasil está colado e não deve facilitar a vida dos atletas norte-americanos.
Para o professor da Univates, as principais chances de medalhas brasileiras em esportes coletivos devem aparecer no vôlei e no futebol. “Nosso país tem grande tradição nesses esportes. Não é possível garantir que os brasileiros vão conquistar o ouro, mas certamente devem fazer parte do pódio olímpico”, ressalta.
Rosa destaca ainda que outra surpresa pode vir nas disputas do handebol feminino e do basquete masculino. Essas modalidades estão indefinidas e vários países chegam com chances de medalhas. Já o basquete feminino e o handebol masculino correm por fora, com poucas chances de subir ao pódio.
O esporte na Univates
Na Univates, o espírito coletivo é despertado nas atividades esportivas desenvolvidas pela Instituição. Como exemplo, a Copa Univates, que neste ano tem recorde de participantes, com mais de mil inscritos só na primeira etapa, permite a união não só entre os acadêmicos, mas também possibilita maior interação entre o corpo docente e os estudantes em atividades extraclasse.
Além disso, a Instituição realiza atividades esportivas para estudantes de Ensino Médio e oferece estrutura física para atividades de esporte de rendimento, como a academia, o Estádio Olímpico e a quadra do Complexo Esportivo, que já recebeu vários nomes de peso do esporte mundial.
Texto: Artur Dullius
