Fabricio Duarte, professor do curso de Fisioterapia da Univates, vai viver no Rio de Janeiro uma grande experiência profissional para sua carreira. Ele trabalhará, como voluntário, na Policlínica da Vila Olímpica. A oportunidade surgiu depois de ter atuado, em 2014, como fisioterapeuta da Comissão de Arbitragem na Copa do Mundo. Duarte será o único profissional do Estado a participar dos dois maiores eventos do esporte mundial realizados no Brasil.
O professor tem 18 anos de experiência em fisioterapia esportiva. Mineiro de Belo Horizonte, Duarte já foi fisioterapeuta do Atlético-MG e, no Rio Grande do Sul, atua há 12 anos como professor universitário e há 10 como professor da Univates. Membro da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva (Sonafe), entidade que terá em torno de 250 profissionais nos Jogos Olímpicos, Fabricio Duarte foi selecionado para atuar no Rio há seis meses.
O local ao qual foi destinado para trabalhar – a Policlínica, preparada para atender 600 atletas por dia – foi justamente por sua experiência ao atender aos trios de arbitragem de 25 países durante a Copa. "A organização precisava de pessoas com experiência. Nesse local, nós vamos atender todos os atletas. Não existe uma modalidade específica. É um nicho bem grande de atletas, de todas as modalidades", frisa.
Às vésperas da viagem, o fisioterapeuta vislumbra que encontrará no Rio de Janeiro, em seus 11 dias na Policlínica (de 4 a 15 de agosto), o que há de melhor na fisioterapia mundial. "Com toda a Olimpíada vêm as novidades tecnológicas, de raciocínio clínico e de interação entre profissionais", explica. "Hoje já existem algumas técnicas novas que estão sendo aplicadas, com bastante sucesso, em atletas de ponta. Então, o que se tem de novidade em fisioterapia e em tecnologia, nós vamos aprender na fonte. Lá também haverá interação com profissionais dos Estados Unidos e da Alemanha; os europeus são excelentes, australianos também. A troca de experiências é o grande benefício", acredita.
Sobre a sua atuação, Fabricio Duarte espera de alguma forma contribuir para que algum atleta que passar por suas mãos possa subir ao pódio. "Eu tenho uma expectativa muito grande. Talvez não em atender um Bolt, mas de atender algum atleta medalhista, de participar do processo. Imagina se eu tenho a oportunidade de atender um atleta hoje e amanhã ele vem com a medalha? Isso é você contribuir para o sucesso daquele atleta."
Visão privilegiada
Técnico de ginástica de trampolim, Marcos Minoru Otsuka já trabalhou como voluntário especialista no evento-teste para a modalidade no Rio de Janeiro, em abril. Nos Jogos Olímpicos, Otsuka terá visão privilegiada do esporte que faz parte do seu dia a dia desde seus sete anos de idade. Aos 34, estará diretamente envolvido, de 9 a 14 de agosto, com os melhores do mundo.
Ele será um dos spotters nas competições. "São profissionais que ficam nas laterais dos trampolins, fazendo o auxílio dos atletas que estão competindo. Que auxílio é esse? Na verdade, é a proteção dos atletas. Lugar mais próximo que esse não há", explica ele, que ficará atento a cada acrobacia no trampolim para aplicar os fundamentos com seus alunos na Univates. "Vai ser muito rico. Já consegui trazer um pouco do evento-teste e agora vai nos beneficiar muito – eu como professor e a Univates como Instituição. Só tende a nos qualificar".
Texto: Tiago Silva
