Na tarde desta terça-feira, dia 12, foram discutidas as habilidades e competências no Ensino Superior. A atividade faz parte do Programa Institucional de Qualificação Docente e foi ministrada pela professora da Universidade Federal do Paraná Lea Anastasiou, que conversou com professores, mestrandos e alunos do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) da Univates. O momento foi de rever a avaliação aplicada aos estudantes, destacando-a como um processo de acompanhamento e não como sinônimo de nota.
Lea destacou que a avaliação tradicional observa o que o estudante sabia naquele momento, pontualmente. “Ela não faz com que o aluno aprenda mais, auxiliando no mercado profissional, mas sim faz com que ele estude um dia antes ou algumas horas antes”. Acrescentou que a nota é dada a partir de um cálculo de média, não garantindo que ele saiba todos os conteúdos.
A palestrante afirmou que os docentes devem trabalhar com a competência, realizando a construção processual da autonomia, estimulando a melhoria da qualidade das produções dos estudantes e desenvolvendo o autoconhecimento e a autoestima. “Uma informação dada pelo professor só vira conhecimento para o estudante se este se apropriar dela e perceber isso”, afirma, explicando que a operação do pensamento dá-se pela reflexão, pelo controle da impulsividade e pelo planejamento.
Atualmente o aluno não pensa em si como ponto-chave do processo de aprendizagem, e sim vê o professor como responsável por isso. Um dos objetivos do ensino, portanto, é a Metacognição, ou seja, o aluno se perceber consciente do seu conhecimento - o aprendizado como prática com consciência.
Texto: Ana Amélia Ritt