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Cultivo de videiras é tema de pesquisa da Univates

Por Artur Dullius

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O cultivo de videiras foi introduzido no país por imigrantes europeus que se estabeleceram no Estado do Rio Grande do Sul, sendo atualmente a região da Serra Gaúcha a que concentra a maior parte dos vinhedos e vinícolas. Entretanto, doenças, insetos e ácaros são problemas comuns enfrentados pelos viticultores. Entre eles, destaca-se a presença do Panonychus ulmi (ácaro vermelho europeu). A espécie provoca a queda das folhas, prejudicando o desenvolvimento das flores e dos brotos, além de causar bronzeamento das folhas, afetando a qualidade dos frutos. Nessa cultura, o aumento populacional do ácaro tem sido associado à utilização intensiva e indiscriminada de produtos químicos não específicos que acabam influenciando diretamente no desempenho dos inimigos naturais.
 
Devido à importância da cultura da videira na economia da Serra Gaúcha e a sua recente ampliação na Fronteira Oeste do Estado, a Univates realiza pesquisa com o objetivo de avaliar a capacidade de controle de ácaros fitófagos com a liberação de ácaros predadores para controlar essa praga. O projeto, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento (PPGAD) da Univates, busca oportunizar o estabelecimento de estratégias de manejo que enfatizem a preservação de inimigos naturais e a utilização de estratégias limpas no controle das espécies fitófagas na cultura.
 
Segundo Darliane Silva, doutoranda do PPGAD, as lesões produzidas pelo ácaro provocam menor atividade fotossintética no pós-colheita, reduzindo o acúmulo de reservas na entressafra e interferindo na floração e na frutificação do ano seguinte. “O ácaro se alimenta das reservas nutricionais armazenadas pela planta, diminuindo a qualidade e a quantidade de frutos devido à perda de energia”, afirma.
 
Conforme Juarez Ferla, orientador da pesquisa, não se descarta a hipótese de que o uso de produtos químicos nos vinhedos, com destaque para fungicidas não seletivos, tenha reduzido a população de inimigos naturais, permitindo a proliferação do ácaro vermelho no cultivo. “Houve a necessidade de conhecer novas formas de controle sem o uso desses produtos em que se destaca o controle biológico, que constitui a regulação de populações de ácaros por meio da mortalidade biótica realizada pelos inimigos naturais”, comenta.
 
Com o estudo, os pesquisadores buscam identificar as espécies com maior potencial de inimigos naturais visando à manutenção e à preservação deles nessas áreas. “Por meio do controle vamos aumentar o número de predadores e, assim, diminuir a quantidade de pesticidas usados. Estamos multiplicando os inimigos naturais em laboratórios e testando os fungicidas para ver quais podem ser usados”, destaca Ferla, concluindo que “queremos produzir conhecimento para permitir aos produtores usarem menos pesticidas e cultivar produtos mais limpos”.
 
Texto: Artur Dullius

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