Um fungo gigante foi encontrado no campus da Univates na quarta-feira, dia 16. Com 33 cm de estipe (“caule”) e 40 cm de diâmetro do píleo (“chapéu”), o fungo foi localizado próximo à cancela do Prédio 1, que dá acesso à avenida Senador Alberto Pasqualini. Provavelmente o fungo pertence ao gênero Macrocybe.
A estudante de Ciências Biológicas, licenciatura, Juliessa Correia foi uma das estudantes que coletou o fungo. Ela, que está realizando seu trabalho de conclusão de curso sobre fungos macroscópicos existentes no campus, afirma que a descoberta irá ajudá-la na pesquisa. Os próximos passos incluem o secamento do fungo em estufa, a identificação dele e o encaminhamento para o Herbário do Vale do Taquari (HVAT), herbário da Univates, onde ficará armazenado para registro da sua ocorrência. Outra parte do material coletado será encaminhada para o Instituto de Ciências Naturais (ICN), herbário da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). “O HVAT começou a receber fungos somente no ano passado; antes, a coleção era constituída apenas por plantas. Os fungos presentes no HVAT constituem uma coleção acessória do herbário”, conta a professora Elisete de Freitas.
“Fungos são mais complexos de identificar, sendo necessário análises macro e microscópica do material coletado, e é nessa etapa do trabalho que estamos recebendo o auxílio de micólogos que estudam na Ufrgs”, comenta Elisete. A professora explica ainda que a parte coletada, conhecida como cogumelo, é a estrutura reprodutiva do fungo (chamada de “corpo de frutificação”). É nela que ocorre a produção de esporos, que são liberados no ambiente para a origem de novos fungos. "Quando vemos um cogumelo, estamos vendo apenas a estrutura reprodutiva, pois todo o corpo do fungo encontra-se no solo e em geral é muito grande", acrescenta.
Saiba mais
Apesar de serem associados a problemas, como mofo e bolor, os fungos são importantes no ambiente, pois atuam na decomposição da matéria orgânica. Além disso, podem ser utilizados para o controle biológico de algumas pragas e, assim, em pesquisas na área da biotecnologia. Os fungos também podem fazer parte da nossa alimentação, por meio do consumo direto ou da produção de outros alimentos.
Texto: Ana Amélia Ritt
