Foi aberta oficialmente nesta quarta-feira (17/02), no saguão do Prédio 9 da Univates, a exposição fotográfica itinerante sobre os 60 anos da Emater/RS-Ascar. A mostra, parte das comemorações alusivas às seis décadas de Extensão Rural no Rio Grande do Sul, iniciada em 02 de junho de 1955, pode ser conferida até o próximo dia 07 de março, no local. O acervo apresenta imagens que destacam os principais programas e ações em que a Emater/RS-Ascar esteve envolvida no período, como o trabalho em microbacias, a formação dos clubes 4S, o RS Rural e a Operação Tatu, entre outros.
Por meio das imagens, a Instituição mostra ainda as ações sociais, econômicas e ambientais desenvolvidas com diferentes públicos, como os agricultores familiares, indígenas, quilombolas, assentados da reforma agrária e beneficiários do Plano Brasil Sem Miséria (PBSM). Durante essas seis décadas, os serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters), prestados pela Emater/RS-Ascar, contribuíram para o desenvolvimento das famílias do meio rural, para a permanência do homem no campo e para a evolução tecnológica da agropecuária do Estado.
Organizado pela Emater/RS-Ascar, com o apoio da Univates, o evento contou com a presença de diversos convidados, entre autoridades, lideranças ligadas ao setor, representantes de entidades, atuais e ex-empregados e imprensa. O gerente regional da Emater/RS-Ascar, Marcelo Brandoli, ao valorizar a exposição, lembrou a expressão que diz que “um povo sem memória é um povo sem história”. “E tudo que está aqui exposto jamais seria possível sem o apoio das parcerias, e especialmente dos agricultores, que são parte fundamental de cada registro”, enfatizou.
O prefeito, Luiz Fernando Schmidt, salientou a importância do resgate por meio de fotografias, como forma de recordar aquilo que fez parte da formação de muitas pessoas da região, que tem espírito essencialmente agrícola. “Meu primeiro relógio comprei vendendo tomate”, salientou. Para Schmidt a extensão rural não é apenas fonte de tecnologias, de conhecimentos e de renda para os agricultores. “É uma forma de valorizar a simplicidade no melhor sentido do termo, é promover a qualidade de vida, é aprender sobre disciplina e sobre respeito, indo, em toda a sua simbologia, para muito além do aspecto financeiro”, refletiu.
Tanto Brandoli como Schmidt ressaltaram a importância da aproximação entre Emater/RS-Ascar e prefeituras. “Um programa como o de Aquisição de Alimentos, por exemplo, só tem a possibilidade de ser operacionalizado com o apoio dos executivos de cada município, o que ocorre aqui em Lajeado desde o ano passado”, observou Brandoli. Já o prefeito se disse tranquilo ao saber que toda a alimentação das creches e das escolas de ensino fundamental de Lajeado são certificadas pela Emater/RS-Ascar desde 2013. “É algo que nos dá plena segurança”, garante Schmidt.
Representando a reitoria da Univates, a coordenadora dos cursos técnicos, Edí Fassini, valorizou a iniciativa pela importância de celebrar as coisas boas. Mesmo tendo saído do campo, a professora garante que sua relação com a Emater/RS-Ascar é visceral. “Até hoje mantenho minha horta, meu pomar em minha casa (em Imigrante) e fiz meu trabalho de Mestrado com o apoio da Instituição”, ressaltou. “Registrar é como manter as raízes de uma árvore ainda mais firmes”, afirmou. Também se manifestou o ex-empregado Nilo Kern Cortez, que atuou na Instituição como engenheiro agrônomo durante quase 40 anos.
O diretor técnico da Emater/RS-Ascar, Lino Moura, que contribuiu para a organização do acervo, salienta que a Instituição leva políticas públicas a mais de 220 mil famílias rurais, especialmente as mais pobres, em locais remotos, que, em muitos casos, só são alcançados quando chega o extensionista com ideias inovadoras, apoio ao crédito rural e políticas sociais. “Nesse sentido, as fotografias revelam muito mais do que momentos marcantes das atividades de Extensão Rural: refletem o resultado de um trabalho que alcança a todos os setores da sociedade”, completa.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/RS
