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Parceria com indústrias contribui para monitoramento de sistemas de Wetland

Por Ana Amélia Ritt

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Os banhados naturais desempenham importante papel na natureza como ecossistemas fundamentais à vida e à qualidade das águas de uma região. Sua vegetação típica funciona como filtro natural dos rios, retendo sedimentos em suspensão em épocas de cheias que, posteriormente, são absorvidos pelas plantas, purificando as águas e oxigenando-as. Com a mesma lógica, os wetlands construídos atuam no polimento de efluentes por meio de processo que simula o funcionamento de um banhado, utilizando plantas como papiro, copo de leite e typha, que removem poluentes de resíduos industriais e domésticos, por exemplo.

Por meio de parceria entre a Univates e indústrias, o Laboratório de Biorreatores da Instituição, coordenado pelo professor Odorico Konrad, realiza o monitoramento de wetlands instalados para o polimento de efluentes, visando ao desenvolvimento de pesquisas e à aproximação da teoria e da prática. Por outro lado, as empresas garantem o funcionamento do sistema de forma eficiente, por meio das informações levantadas e fornecidas durante as atividades de monitoramento.

Uma das empresas parceiras da Univates nessa iniciativa é a Vinícola Basso, localizada em Farroupilha, Rio Grande do Sul. O sistema de wetland instalado nessa indústria já foi objeto de estudo de trabalhos de conclusão de curso de alunos de Engenharia Ambiental da Univates e, em fevereiro de 2015, o elo garantiu que a Univates realizasse pesquisas no wetland construído pela própria empresa em troca da prestação de serviço. “Essa tecnologia é uma solução de manutenção relativamente barata e que contribui para a redução de parâmetros físico-químicos que não são eliminados nas etapas anteriores do tratamento do efluente”, explica a pesquisadora e mestra pelo Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento (PPGAD) Jaqueline Tonetto. Ela acrescenta que, durante o monitoramento do wetland, surgem desafios. “Ao longo do processo de monitoramento, surgem desafios e ideias que abrangem o campo de pesquisas futuras para o aperfeiçoamento do sistema”, conta ela.

Sobre o funcionamento do sistema, Camila Hasan, funcionária do Laboratório de Biorreatores, explica que todo efluente necessita passar por etapas de tratamento antes do wetland. “No tratamento preliminar, ocorre a remoção de sólidos grosseiros; na etapa primária, são adotados processos físico-químicos que visam à separação de fases por meio da floculação e decantação; e na etapa secundária, o objetivo é a remoção de cargas orgânicas por meio de reações bioquímicas. A etapa terciária, na qual se enquadra o uso de wetlands, serve para proporcionar o polimento do efluente ou, ainda, equalizar a remoção de parâmetros, como nitrogênio e fósforo, que oscilam”, relata a estudante de Engenharia Ambiental. A demanda de uma indústria pode variar conforme o mês, dependendo, por exemplo, do tipo de vinho produzido e do período de trabalho. “Quando aumenta a demanda da indústria, o efluente produzido concentra maior carga orgânica, desta forma o wetland tem papel fundamental no polimento do efluente, garantindo ótima qualidade para ser lançado no ambiente.”, conta Jaqueline.

Na Vinícola Basso a planta utilizada no wetland é a Typha dominigensis, uma espécie que se adapta muito bem às condições climáticas tanto no verão quanto no inverno. “Nitrogênio e fósforo são os nutrientes que as plantas mais precisam para seu desenvolvimento, além de serem característicos de efluentes das indústrias alimentícias e, muitas vezes, de difícil remoção nas etapas de tratamento convencional”, afirma Camila. Ao final do processo, os efluentes polidos na Vinícola Basso são reutilizados para irrigação de lavouras.

Saiba mais
Um wetland possui diferentes formas de ser construído. O ideal é que esteja em um terreno levemente inclinado, para que as etapas de deslocamento do efluente sejam feitas por gravidade. A construção presente na Vinícola Basso possui 2,4 m de comprimento e 10,6 m de largura. O sistema é composto por uma camada de areia grossa na qual as plantas são fixadas, uma camada de brita nº 4, geomembrana e solo compactado.

Texto: Ana Amélia Ritt

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