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Espécies das matas ciliares do rio Taquari são identificadas em pesquisa

Por Nicole Morás

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Não é novidade que as matas ciliares são importantes para o equilibro ecológico. Foi por isso que a professora Elisete Freitas e seus bolsistas de Iniciação Científica, por meio do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Univates, realizaram um estudo com o objetivo de conhecer a estrutura das comunidades vegetais localizadas às margens do rio Taquari, entre os municípios de Muçum e Taquari. “De Muçum até Roca Sales, por exemplo, a estrutura é diferente da que encontramos nas margens desse rio no trecho de Colinas, Arroio do Meio e Lajeado – que, por sua vez, é bastante diversa da comunidade vegetal que se encontra em suas margens em Bom Retiro do Sul e Taquari”, explica.

Conhecer a estrutura dessas comunidades vegetais permite identificar quais espécies fazem parte de cada ambiente e também como elas estão organizadas. “Com isso, foram detectadas quais são as espécies nativas de cada região, bem como aquelas exóticas e invasoras, assim como o que elas representam para a estrutura onde estão. O estudo permitiu detectar que, na bacia do rio Taquari, as espécies exóticas mais comuns são a Amora-preta (Morus nigra). Já nos afluentes do rio Taquari, a Uva Japonesa (Hovenia dulcis) tem presença mais representativa”, explica Elisete, destacando a importância das espécies nativas – aquelas naturais de um ambiente, na prestação de serviços ambientais, como a manutenção da temperatura, as chuvas e o equilíbrio ecológico.

Desde a colonização, a ação do homem é a principal causa de eliminação dessas florestas, por meio de processos como a agricultura, pastagem e expansão urbana. “A consequência final é o assoreamento dos rios, ou seja, o acúmulo dos sedimentos no leito dos rios. Como consequência, ocorre o desvio do curso normal destes, gerando danos ambientais graves”.

A importância das florestas ribeirinhas se dá justamente nesse sentido, pois a vegetação evita a erosão das margens dos rios, realiza a filtragem de resíduos, inclusive resíduos químicos da agricultura, e garante áreas de sombra e temperatura mais amena. “As espécies nativas conseguem contribuir mais para o equilíbrio ecológico do que as exóticas. E a eliminação dessas florestas favorece a entrada de animais e plantas exóticas, que geralmente se sobrepõem às nativas em quantidade e geram a homogeneização da biodiversidade. Assim, outro benefício assegurado pelas florestas ribeirinhas é a diversidade de espécies de fauna e flora, o que reflete também numa melhor polinização e garante a diversidade genética”, explica Elisete.

O número de espécies registradas durante o estudo se aproxima de 500 espécies em 18 comunidades vegetais, sendo seis delas em locais onde não havia mais vegetação. Com isso, foi possível ver o processo de sucessão que ocorreu naturalmente. A pesquisa foi dividida em três tipos de áreas: onde não havia mais floresta e a vegetação encontrava-se em regeneração; áreas com faixas estreitas de mata, abaixo do recomendado para a preservação das margens; e áreas com largas extensões de mata. Como resultado, o grupo ainda trabalha com os dados coletados entre 2012 e 2014, visando à elaboração de um manual sobre espécies do rio Taquari e um livro com orientações sobre quais espécies devem ser plantadas em cada porção do rio. Além disso, há um grupo que trabalha com a propagação de plantas nativas.

A pesquisa desenvolvida esteve vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, com participação do Laboratório de Propagação de Plantas e financiamento do Fundo de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs). O projeto teve a participação de vários bolsistas e coordenação da professora Elisete de Freitas. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail ppgbiotec@univates.br.

Pesquisa conjunta sobre ácaros
Além de verificar as espécies de plantas das matas ciliares, o estudo também contemplou uma análise para identificar ácaros presentes nas diferentes comunidades vegetais das margens do rio. O estudo foi realizado em parceria com o laboratório de Acarologia da Univates, sob orientação do professor Noeli Juarez Ferla, e teve por objetivo comparar a diversidade e a composição da fauna de ácaros entre os diferentes tipos de matas ciliares encontrados ao longo do rio Taquari. Este estudo permitiu identificar cerca de 90 espécies distribuídas em 1.500 espécimes, além de fazer associações entre os ácaros e os tipos de vegetação que habitam, sendo um dos estudos pioneiros na associação entre ácaros e áreas ribeirinhas.

Texto: Nicole Morás

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