Parte dos estudos dos grupos de pesquisa Práticas Ambientais e Redes Sociais e Comunicação, Educação Ambiental e Interfaces (Ceami) é focado em bacias hidrográficas. Por isso, as professoras doutoras Jane Mazzarino e Luciana Turatti e a aluna de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ambiente em Desenvolvimento (PPGAD) Luzia Klunk realizaram uma pesquisa de campo sobre o Programa Cultivando Água Boa (CAB) – uma iniciativa da empresa Itaipu Binacional voltada à educação ambiental das comunidades relacionadas à maior hidrelétrica para geração de energia elétrica do mundo.
De acordo com a professora Jane, o programa é pioneiro na efetivação da proposta do Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA). “O Cultivando Água Boa realiza, de forma mais próxima, o que as políticas públicas de educação ambiental muitas vezes propõem e não conseguem efetivar”, afirma. Para ela, compreender os modos de fazer de quem está avançando em processos participativos de educação ambiental é importante e representa um desafio, que foi aceito pela aluna Luzia Klunk para ser estudado durante seu doutorado.
A atividade de campo foi realizada de 17 a 19 de novembro, durante os encontros preparatórios do Cultivando Água Boa, que avaliou coletivamente as ações do CAB e sugeriu novas ações para os próximos dois anos do Programa. As pesquisadoras da Univates participaram dos encontros de lideranças de municípios abrangidos pelo programa em Itaipulândia e Marechal Cândido Rondon, no Paraná, e entrevistaram lideranças e as gestoras do programa encampado pela Hidrelétrica Itaipu Binacional, que tem sede em Foz do Iguaçu (PR): a gerente da Divisão de Educação Ambiental e gestora do Programa de Educação Ambiental, Leila de Fátima Alberton, e a gerente do Departamento de Proteção Ambiental, Silvana Vitorassi.
O estudo tem o aval da Itaipu Binacional e financiamento da Univates e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Saiba Mais
O Programa Cultivando Água Boa (CAB) foi premiado em 2015 pela Organização das Nações Unidas (ONU). Oito programas fazem parte do CAB, que existe desde 2003, e estão voltados para plantas medicinais, gestão de bacia hidrográfica, educação ambiental, desenvolvimento rural sustentável, piscicultura, comunidades indígenas, patrimônio e coleta solidária. O projeto é desenvolvido no âmbito da Bacia do Paraná 3, que compreende 29 municípios. Saiba mais em http://www.cultivandoaguaboa.com.br/.
Texto: Nicole Morás