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Univates realiza trabalho com a comunidade em situação de vulnerabilidade

Por Ana Amélia Ritt

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Reunida na frente do Prédio 11, a turma com cerca de 40 estudantes aguarda o ônibus. O destino é o bairro Santo Antônio, localizado em Lajeado, Rio Grande do Sul. Os acadêmicos têm como objetivo a continuação do projeto de extensão da Univates “Ações interdisciplinares de cuidados em saúde no bairro Santo Antônio”, que há seis anos faz visitas a entidades e casas de usuários participantes a fim de auxiliá-los com questões que envolvem a melhoria na saúde e a sustentabilidade.
 
A cada semestre, a turma de alunos voluntários é alterada. Desta vez, o projeto abrange cursos como Fisioterapia, Psicologia, Nutrição, Farmácia, Direito, Pedagogia e Publicidade e Propaganda. O grupo também inclui duas bolsistas, oito professores-tutores e dois professores voluntários. Conforme a coordenadora do projeto interdisciplinar, professora Marilucia Vieira dos Santos, o trabalho realizado faz com que os envolvidos compreendam o que é aprendido e ensinado em sala de aula. “Um sorriso, um agradecimento, um abraço… a pessoa que está sendo atendida entende que alguém está olhando para ela. A gente tira o foco da doença e concentra-se na saúde”, explica a professora, que também é tutora no projeto.
 
Dona Terezinha Ferreira é responsável pela Simón Bolívar, associação de catadores de lixo, que é atendida pelo programa. No local, os estudantes auxiliam os catadores com temas como separação do lixo e cuidados com a postura, além de fazer trabalhos e atividades com crianças no turno oposto ao da escola. “A nossa casa é simples e, mesmo assim, temos o privilégio de receber essa moçada. Estamos ganhando tudo em casa, o benefício é nosso”, conta Terezinha com um sorriso no rosto. “A sorte não bate na porta duas vezes. Foi uma coisa que não estávamos esperando. É só se concentrar bem e dizer 'é isso que eu quero'”, completa a senhora, sentada ao lado da porta da associação. Com brita e chão batido, pétalas de flores artificiais enfeitando o teto, cartazes na parede e sofás, o ambiente é preenchido com a felicidade em receber o grupo de universitários. “Foi Deus que deu essa oportunidade para nós e não dá para perder. Sempre temos algo para aprender e algo para ensinar”, afirma ela.
 
Desde o início do projeto, 458 alunos participaram voluntariamente. Conforme uma das bolsistas envolvidas, Regina Jungles, estudante de Psicologia, as oficinas são criadas de acordo com a demanda da entidade ou do caso atendido nas famílias. Seu José da Rosa sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) há quatro anos e a fatalidade imobilizou o braço e a perna esquerdos. Por meio de alongamentos e exercícios, um grupo de estudantes auxilia o senhor de 75 anos. “É muito bom”, comenta sobre o trabalho realizado. “Se Deus quiser, eu quero ainda caminhar”, completa. Seu José conta que, depois do AVC, teve apendicite, e que se considera muito sortudo por não ter falecido. Com simplicidade e carinho, oferece um cacho de bananas e garante que na próxima visita o chimarrão estará à espera. “As bananas estão bem docinhas, quero que vocês aceitem, porque gosto muito quando vocês vêm”, ressalta.
 
Jenifer Silveira é uma das integrantes do grupo que atende José. A estudante de Fisioterapia diz que o projeto interdisciplinar traz, a cada semana, uma nova experiência. “Não trabalhamos só a doença ou o problema do usuário, buscamos entrar na vida dele, envolver a família. Pesquisamos sobre as dificuldades e a forma como devemos tratá-lo para trazer melhor qualidade de vida”, afirma a acadêmica, que enfatiza a criação de um vínculo entre os participantes.
 
A algumas quadras dali, depois de lombas e curvas, encontra-se a Escola Municipal de Ensino Fundamental Francisco Oscar Karnal (conhecida como FOK). Nela, grupos de estudantes da Univates reúnem-se para comentar sobre os projetos que estão sendo realizados na comunidade. Ali, também, a turma do 4º ano é conquistada pelos acadêmicos da Univates por meio de atividades. A professora da turma comenta que os assuntos trabalhados no Projeto Interdisciplinar têm relação aos temas abordados em sala de aula. Os estudantes, de oito a dez anos, mostram animados seus trabalhos realizados com o reaproveitamento de materiais. “Olha como o nosso é legal, é o único que liga na tomada”, exclama um menino, apontando para o abajur feito com uma garrafa de vidro e pisca-pisca. 
 
O projeto, apesar de ter ênfase nos cuidados com a saúde, aceita estudantes de todos os cursos. Visivelmente, por gestos e falas, os acadêmicos mostram preocupação e agradecimento pela experiência. “A gente passa informações e atividades para os participantes e eles conseguem multiplicar, passar isso para o resto da comunidade”, diz um dos acadêmicos da Univates enquanto conversa com os colegas, referindo-se ao trabalho realizado com a população.
 
Texto: Ana Amélia Ritt

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