Proporcionar aos alunos uma experiência em outro país de forma curricular, sem necessidade de buscar essa vivência de maneira extra. Essa é uma das vantagens da disciplina de Vivência Internacional, oferecida desde o ano passado aos cursos de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Univates.
Neste ano, 20 alunos serão acompanhados pelos professores Fernanda Sindelar e Marlon Dalmoro, coordenadores dos cursos de Relações Internacionais e Comércio Exterior, respectivamente. A viagem, que ocorre entre os dias 4 e 13 de outubro, terá como destino Bélgica, Alemanha e Portugal. Em Bruxelas, na Bélgica, a turma visita entidades como Parlamento Europeu, Embaixada Brasileira, sede da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e World Customs Organization. Em Colônia, na Alemanha, o local de visitação é Anuga, feira que envolve os segmentos de alimentação e bebida de diferentes países. Já em Lisboa, Portugal, os alunos conhecem a Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa e a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal - Aicep Portugal Global.
Conforme o professor Marlon Dalmoro, a iniciativa viabiliza o contato internacional a quem não tem oportunidade ou condições de fazer uma viagem para outro país em um período maior. “Ao mesmo tempo, aqueles que já tiveram chance de viajar poderão visitar locais ligados ao Comércio Exterior e às Relações Internacionais, que são difíceis de visitar de forma particular”, explica. A professora Fernanda complementa: “A importância da vivência internacional também está na formação do aluno, para qualificá-lo para as atividades profissionais”.
Marina Radavelli faz parte do grupo de acadêmicos que participou da experiência no ano passado, na primeira vez que a oportunidade foi oferecida. A estudante de Relações Internacionais (RI) diz que a vivência foi positiva em todos os aspectos. “As visitas que realizamos foram bastante pertinentes e fizeram-nos entender como funcionam determinadas atividades em países diferentes. No caso dos estudantes de RI, acredito que as mais interessantes estejam relacionadas ao Parlamento Europeu, em que questões contemporâneas sobre a União Europeia foram ressaltadas. Ainda, foi possível compreender algumas operações políticas do bloco”, ressalta Marina.
Já Giovana Schwingel, que também é estudante de RI e participou da vivência internacional no ano passado. Ela voltou à Bélgica neste ano para realizar intercâmbio de meio ano, afirma: “Logo que voltei da viagem tive certeza de que queria voltar para lá. Escolhi a Bélgica, pois oferecem um curso de international business, que posso aproveitar na minha área, e, como as aulas são em inglês, posso aprimorar o idioma, além de aprender uma terceira língua, o francês, idioma falado na região em que estou morando”.
A aluna de Comércio Exterior Bruna Kappler já viajou com o curso para a Argentina em outra oportunidade e, agora, integra o grupo de estudantes da disciplina de Vivência Internacional. Para ela, a experiência agrega conhecimentos práticos que os profissionais da área precisam conhecer para aplicar toda a teoria que aprenderam. “É a forma de preparar-se para qualquer negociação: saber como chegar até o cliente ou fornecedor”, comenta.
A disciplina também possui uma parte teórica, que é passada antes da viagem. “Envolve muito mais do que conhecer o local de destino, é inserir-se nos hábitos, na cultura e na geografia locais para que possamos estar preparados para negociações. A parte preparatória envolve pesquisas e conhecimento do local de destino em todos os âmbitos possíveis – geográfico, cultural, econômico, demográfico, entre outros – e possibilita que estejamos preparados para pegar ônibus na direção certa e que nós possamos ir ao restaurante mais adequado, barato ou de nosso gosto, traçando roteiros”, explica Bruna.
Texto: Ana Amélia Ritt
