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Pesquisa identifica potencial alimentar em hidrolisados de minhocas

Por Tuane Eggers

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Partindo do fato de que as minhocas podem ser potente fonte de proteínas, um estudo da Univates está analisando a possibilidade de produzir um suplemento feito com esses anelídeos, voltado para a alimentação de animais de pequeno porte, como peixes, aves e porcos. A pesquisa está ligada ao projeto “Bioprodução de hidrolisados proteicos e avaliação da vermicompostagem vertical em solos contaminados com metais pesados”, coordenado pela professora doutora Lucélia Hoehne e vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (PPGBiotec).

De acordo com Lucélia, cerca de 70% do corpo das minhocas é feito de proteínas, que são compostas por uma união de aminoácidos. “Se conseguirmos quebrar essas proteínas em aminoácidos, eles conseguem agir, livres, de forma mais rápida e eficaz no organismo. O objetivo não é fazer um suplemento alimentar para humanos, pois a legislação brasileira não considera as minhocas um alimento humano. Então, a ideia é transformar o produto em alimento para animais de pequeno porte”, ressalta.

Conforme a professora, já foram testadas algumas enzimas para fazer a quebra nas ligações peptídicas e foi feito um estudo da melhor condição, tendo uma delas apresentado melhor desempenho nesse sentido. Nessa análise, foi possível identificar a presença de aminoácidos: glutamato, aspartato e leucina, considerados benéficos para o organismo dos animais.

Lucélia explica que os aminoácidos são importantes para o desenvolvimento de peixes, colaborando para o crescimento, ganho de peso e maior qualidade da carne, por exemplo, beneficiando também os produtores desses animais. No momento, estão sendo avaliadas também outras capacidades funcionais dos materiais estudados, como espumante, emulsificante, antioxidante e digestibilidade in vitro.

A equipe do projeto trabalha com duas espécies de minhocas, criadas no laboratório do Tecnovates, sendo uma mais utilizada na pesca e outra não tão comum na região do Vale do Taquari, por necessitar de diferentes condições climáticas. Essa linha de pesquisa é desenvolvida desde 2013, e o projeto existe desde 2011. As atividades iniciaram com o estudo sobre farinha de minhoca, quando se descobriu o alto valor proteico das minhocas.

Segundo a professora Lucélia, os hidrolisados são feitos com minhocas adultas, após cerca de dois meses de cultivo. O material final é um líquido, que pode ser misturado com outros alimentos para os animais. O próximo passo é descobrir um conservante eficiente para o hidrolisado. “É um estudo que ainda vai longe”, completa Lucélia.
Detalhes sobre o PPGBiotec podem ser conferidos no site www.univates.br/ppgbiotec.

Texto: Tuane Eggers

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