Os professores Walter Orlando Beys da Silva e Lucélia Santi participaram, entre os meses de junho e julho, de uma missão científica nos Estados Unidos. Além de analisar amostras de diferentes projetos vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (PPGBiotec) da Univates no laboratório do professor John Yates, no The Scripps Research Institute, na Califórnia, a viagem também resultou em dois convênios de colaboração: com o próprio Scripps, pelo vínculo com o professor Yates, e com o Sanford-Burnham-Prebys Medical Discovery Institute, em uma parceria com o pesquisador Alexandre Rosa Campos.
Conforme o professor Beys da Silva, os convênios permitem que as amostras geradas na Univates sejam analisadas nas instituições californianas, que estão entre os principais institutos de pesquisa na área biomédica dos Estados Unidos. Durante a missão, foram realizados cerca de 90 experimentos, 50 mil identificações de proteína e mais de 120 mil identificações de peptídeos, resultado de demandas de quatro grupos de pesquisa da Univates. Futuramente, por meio de visitas periódicas e manutenção da colaboração, outros pesquisadores poderão contar com essas análises para enriquecimento dos dados e conclusões das pesquisas desenvolvidas na Univates.
O pesquisador explica que algumas análises ainda estão em andamento no Sanford-Burnham-Prebys Medical Discovery Institute. Por isso, esses números tendem a aumentar. Se todas análises realizadas fossem pagas, o custo ultrapassaria R$ 300 mil. No entanto, a parceria com as instituições permite a realização dos experimentos sem custo. Além disso, as equipes de pesquisa da Univates continuarão utilizando um software que interpreta os resultados das análises, de forma online e gratuita.
Beys da Silva ressalta que todos os resultados gerados integram projetos de mestrado já existentes e também futuros, envolvendo diretamente estudantes do PPGBiotec e acadêmicos de cursos de graduação relacionados aos projetos de pesquisa. “Essa é uma das vantagens da colaboração, pois a gente nunca termina. Vamos discutindo e melhorando o que for necessário para melhorar também as nossas análises e resultados agora e futuramente. Essa relação é muito importante para nós, pois a internacionalização não está ligada somente a viagens de alunos e professores, mas também à internacionalização da pesquisa”, completa.
Texto: Tuane Eggers