Alunos haitianos integrantes do projeto de extensão “A aprendizagem da Língua Portuguesa como língua adicional: investigação, formação e ensino” da Univates receberam doações de 20 livros de Português para Estrangeiros/Língua Adicional da Cooperativa Sicredi. Os exemplares de “Novo Avenida Brasil” são utilizados em programas de Português como Língua Estrangeira (PLE) e Português como Língua Adicional (PLA) em instituições como a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
A entrega dos livros ocorreu no Colégio Estadual Presidente Castelo Branco, o Castelinho, em Lajeado. Participaram da atividade a assessora de comunicação do Sicredi, Josiane Prietsch, as professoras da Univates envolvidas no projeto, Maristela Juchum, Margarita Rosa Gaviria, Graziela Jacques Prestes, a diretora do Castelinho, Evenize Pires, e os professores voluntários Marineli Cordeiro, Lovani Favaretto Roger Pozza e Anderson Cadet.
O grupo agradeceu o apoio da cooperativa e o acolhimento dos imigrantes. Conforme a professora Graziela, a maioria dos alunos do projeto de extensão trabalha na empresa Minuano, a qual estuda a doação de 40 livros para o projeto de inclusão. Além dos livros recebidos, os estudantes aprendem também com material didático produzido pelo grupo de professores que lecionam as aulas de PLE e PLA, que se dirige ao contexto atual dos imigrantes no Brasil. No projeto, a maior parte dos estudantes tem Ensino Médio completo e, alguns, graduações completas ou incompletas. Outros frequentam o Ensino Superior atualmente.
Graziela salienta que a abordagem do programa prioriza o diálogo constante entre alunos e professores, em uma visão de compartilhamento de olhares do mundo, de percepções sobre as realidades. “Não estamos, de forma alguma, ensinando somente língua e cultura nas variantes brasileiras. Estamos formando cidadãos atuantes em uma sociedade construída pelo valor dado ao trabalho, ao crescimento econômico e social. E é o que esses alunos desejam: serem reconhecidos por seu valor humano e social”, completa.
Texto: Nathália Lauxen