A exposição de banners “Chiara Lubich: protagonista de um novo tempo”, que pode ser conferida até o dia 11 de junho, no hall do Prédio 11 da Univates, teve sua abertura oficial na noite da última terça-feira, dia 2, em evento que reuniu pessoas de diversas cidades do Vale do Taquari.
Na ocasião, um vídeo síntese da história de Chiara Lubich apresentou os principais aspectos da vida da fundadora do Movimento dos Focolares, que conta hoje com 2,5 milhões de membros. Por meio dele, Chiara tinha por objetivo a construção de um mundo novo e mais unido. Suas motivações evidenciam, em especial, a contribuição à paz e à unidade entre os povos, religiões e culturas. Nascida em 1920, em Trento, na Itália, ela recebeu diversos prêmios e reconhecimentos internacionais. Chiara faleceu no ano de 2008.
Em sua fala, o reitor da Univates, Ney Lazzari, destacou o trabalho realizado pelas famílias que trouxeram o Movimento ao Vale do Taquari. “Temos que honrar o que foi construído na região. Queremos deixar algo a mais para quem vem depois”, afirmou ele. Lazzari observou que o propósito do que fazemos em nosso dia a dia deve ir além de um trabalho. “A Univates tem que fazer mais do que fornecer diplomas. Precisamos dar sentido à vida, e uma instituição de ensino deve prezar pelos princípios de justiça e ética, prezar pelo outro”, ressaltou o reitor.
Ele disse ainda que uma instituição de ensino trabalha com universalidade de pensamentos e de pessoas. “E um evento como este serve para demonstrar isso também internamente, a alunos, professores e funcionários. Aqui, trabalhamos com sonhos, e como instituição comunitária, precisamos ter isso em nossa essência”, destacou, concluindo que o trabalho de Chiara Lubich serve como modelo a ser seguido.
Na sequência, Ana Beatriz e Sérgio Marques falaram sobre o carisma de Chiara Lubich, a fraternidade universal. Citando trechos dos livros “A era do vazio” e “O império do efêmero”, de autoria do filósofo francês Gilles Lipovetsky, Ana Beatriz abordou temas como individualismo, egocentrismo, relações passageiras, a unidade na diversidade e as cidades como espaços de convivência. O sonho de Chiara também foi abordado pelo casal. Conforme eles, ela sonhava com a formação de uma cultura mundial, na qual os valores de cada povo fossem oferecidos como sabedoria global; um mundo unido na diversidade de pessoas que se reconhecem na alternância de uma única autoridade.
Sérgio lembrou que o Movimento teve início em Lajeado na década de 70, com Guido Lermen e família. “Essa região se mostrou fértil na vontade de dar sua contribuição por um mundo mais unido”, afirmou. O evento contou ainda com apresentação musical, coquetel e visita à exposição.
A mostra pode ser apreciada, gratuitamente, de segunda a sexta-feira, nos turnos manhã, tarde e noite, e aos sábados pela manhã.
Texto: Tamara Bischoff
