Um intercâmbio acadêmico unido ao espírito filantrópico do estudante colombiano Edison Ferney Castrillón, que escolheu a Univates como local de estudos para seu último semestre de Jornalismo, resultaram em uma ação criativa relacionada ao ensino da Língua Inglesa. Com a colaboração do colega Wilmer Fabián Castiblanco, outro colombiano que também estuda a área da Comunicação, Edison estende para o Vale do Taquari algumas atividades já desenvolvidas em seu país.
O intercambista é diretor da Tour Languages SAS, que realiza o ensino de três idiomas (inglês, português e espanhol) por meio de espaços que fortalecem a cultura. A própria cultura dos estudantes, por exemplo, é utilizada para ensinar a eles alguns aspectos de sua região em outro idioma. “Trabalhamos com a aprendizagem significativa do estudante”, explica Edison. Sua instituição de origem é a unidade de Medellín da Universidad Minuto de Dios, enquanto Wilmer estuda na unidade de Bogotá, capital da Colômbia.
Edison conta que veio para o Brasil fazer seu intercâmbio acadêmico, mas sua vontade de ajudar as pessoas fez com que sentisse vontade de sugerir atividades que fossem além das propostas acadêmicas. Por isso, entrou em contato com a coordenadora do curso de Letras, professora Marlene Spohr, que gostou da ideia e facilitou o contato com a Escola Estadual Érico Veríssimo, de Lajeado. “Acho que a aprendizagem não depende somente dos estudantes, mas também da forma com que os professores ensinam”, destaca.
Segundo o intercambista, estão sendo desenvolvidas atividades com uma turma de 1a série do Ensino Médio, durante manhãs e tardes de quartas-feiras. Enquanto na parte da manhã, eles ajudam a professora de Língua Inglesa em processos de educomunicação, por meio de propostas de atividades mais lúdicas para facilitar a aprendizagem dos estudantes, a parte da tarde é dedicada para atividades próprias da Tour Languages. Edison ministra as atividades e Wilmer auxilia na divulgação do projeto, por meio do registro das ações.
Na tarde da última quarta-feira, dia 20, a turma de estudantes participou de um tour guiado por Edison pela Univates, feito em Língua Inglesa. Eles conheceram locais com o Museu de Ciências Naturais, a Rádio e a TV Univates e a Biblioteca. “Eles gostaram bastante, e o pessoal da Univates também se mostrou interessado em continuar a explicação em inglês”, comenta.
Após o passeio, o grupo esteve na Assessoria Internacional da Instituição. “Foi uma forma de agradecimento à coordenadora Viviane, pela sua acolhida, e para que pudesse ouvir dos estudantes os depoimentos e impressões sobre essa atividade. Graças ao processo de internacionalização que podemos realizar ações como esta”, acrescenta.
De acordo com Edison, o processo será apresentado no V Seminário Institucional do Pibid/Univates e III Simpósio Nacional sobre Docência na Educação Básica, que ocorrem em junho. Na ocasião, serão abordadas tanto as atividades de sua empresa na Colômbia quanto as ações desenvolvidas aqui no Brasil, no sentido de destacar os projetos sociais.
Ambos os intercambistas terminam sua graduação neste ano, sendo que Edison deseja retornar ao Brasil e ingressar no Mestrado em Ensino, dando continuidade também às atividades desenvolvidas e estendendo-as para mais escolas. “Como diretor da Tour Languages estou muito agradecido, porque sinto que os professores estão de portas abertas para novas ideias, acreditam no potencial dos estudantes. Todos por aqui estão sempre dispostos a ajudar”, argumenta Edison. “Sentimos que estamos em um lugar onde o estrangeiro tem importância. Parece que estamos em nossa casa, que moramos aqui há muito tempo”, completa Wilmer.
Estudantes de Ensino Médio aprovam a iniciativa
Para o aluno da 1ª série do Ensino Médio da escola Érico Veríssimo Álvaro Cornelius, a atividade ministrada por Edison tem sido muito interessante. “O inglês pode abrir muitas portas, é uma língua falada mundialmente, e as aulas dele têm sido muito boas, dá vontade de aprender”, reconhece.
Sua colega Nicoli de Azevedo Back também aprovou a iniciativa de Edison. “Acho muito interessantes as aulas dele, porque com a professora nós aprendemos os conteúdos mais comuns, mas com ele aprendemos mais, pelo próprio fato de ser alguém de outro país. Ele faz umas atividades diferentes”, completa.
Texto: Tuane Eggers
