Teve início, nesta segunda-feira, dia 11, a V Jornada de Nutrição Clínica, IV Jornada de Saúde Coletiva e III Jornada de Segurança Alimentar e Nutricional da Univates. A programação, composta por atividades de atualização em campos como Saúde Coletiva, Segurança Nutricional e Nutrição Clínica, prossegue nesta terça-feira, dia 12.
No turno da tarde, foi realizada exposição de banners em salas do Prédio 12. Já no turno da noite, representantes do Diretório Acadêmico de Nutrição repassaram aos estudantes um aviso sobre a inscrição de novas chapas para concorrer ao DA. Em seguida, teve início a programação oficial da noite, com a palestra “Terapia nutricional na esteato-hepatite não alcoólica”, ministrada pela nutricionista e doutoranda em gastroenterologia e hepatologia Pâmela Schitz Von Reisswitz.
Ao apresentar alguns fatores que influenciam a esteato-hepatite, Pâmela citou a obesidade, que afeta mais da metade da população brasileira hoje. “No momento em que começa a ter fibrose, o fígado não volta mais ao normal. Mesmo sendo um órgão que se regenera muito rápido, a partir do momento em que tem fibrose, ele provavelmente terá uma cirrose, doença que ainda não tem cura”, explicou ela.
Conforme a nutricionista, a esteato-hepatite está diretamente relacionada ao consumo excessivo de gorduras e, principalmente, gorduras saturadas. Além disso, outros fatores de risco estão relacionados ao desenvolvimento da doença, como obesidade, dislipidemia, diabetes e síndrome metabólica. Nesse sentido, Pâmela citou a perda de peso como um possível tratamento. “No acompanhamento contínuo, vejo que a perda de peso já consegue reverter a doença, em cerca de um ano, para um fígado normal”, ressaltou ela.
Outra alternativas apresentadas pela nutricionista foram a ingestão de vitamina E, para pacientes adultos que não sejam diabéticos, e a ingestão de ácidos graxos ômega 3, para o tratamento de hipertriglidermia. Além disso, a cirurgia bariátrica também pode auxiliar no sentido da perda de peso, mas ainda não deve ser considerado um tratamento para a doença. “Acho interessante poder estudar uma doença que, como nutricionistas, consigamos agir diretamente no tratamento”, completou Pâmela.
Após, foi realizada a roda de conversas “Uma língua, dois países, vários costumes”, ministrada pelas intercambistas portuguesas Elisabete Simões Mendes e Sônia Isabel Cera do Nascimento, e a palestra “Emagrecimento e obesidade: mudanças comportamentais”, lecionada pela mestra em gerontologia biomédica Tatiana Galdino Pizzato.
O evento prossegue nesta terça-feira, dia 12, com as palestras “A relação cintura-estatura em crianças”, ministrada pela nutricionista e mestre em biotecnologia Débora Marin; “Programa Primeira Infância Melhor”, conduzida pela nutricionista Adriana Ulsenheimer; e “Suplementação da nutrição esportiva”, lecionada pelo doutorando em ciências do movimento humano Rodrigo Cauduro Oliveira Macedo. A programação ocorre, a partir das 19h10min, no auditório do Prédio 9.
Texto: Tuane Eggers
