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Com Teatro lotado, Thiago Berto conta experiências em viagem pelo mundo

Por Nathália Lauxen

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Três anos de viagem pelo mundo, exercendo trabalho voluntário e pesquisando sobre projetos de educação alternativa, contemplaram os relatos de Thiago Berto no Teatro do Centro Cultural Univates, na noite da última quinta-feira, dia 23. Com o espaço lotado por professores, acadêmicos e comunidade em geral interessados em conhecer sua experiência, o jovem contou detalhes sobre a jornada iniciada em 2011 - e foi aplaudido de pé.

Após apresentação do coordenador do curso de Comunicação Social da Univates, Flávio Roberto Meurer, o palestrante propôs exercício de reflexão aos presentes e salientou: “sempre há algo maravilhoso acontecendo”.

A história de Berto começou cedo, motivada pela precoce independência desenvolvida após a morte da mãe, aos 12 anos. Em Guaporé, cuidava das irmãs e das tarefas domésticas, enquanto o pai enfrentava problemas de alcoolismo e se ausentava da criação dos filhos. “Posso dizer que a minha vida é rica em aprendizagem”, comentou.

Aos 16 anos, expulso de casa pelo pai, partiu rumo a Porto Alegre a fim de concluir o Ensino Médio e trabalhar. Em pouco tempo, conseguiu emprego em uma empresa de tecnologia e, até os 19 anos, trabalhou e estudou o conteúdo com o qual lidava no trabalho. Embora não tenha finalizado o Ensino Médio como planejado, se destacou como profissional e recebeu proposta para trabalhar em Los Angeles, na mesma área de atuação, aos 18 anos. No entanto, permaneceu no Brasil com a namorada da época e, um ano depois, abriu a própria empresa de tecnologia com sócios.

Estabilizado financeiramente e profissionalmente, assumiu a guarda das irmãs quando o pai a perdeu e as criou como filhas. Mais de dez anos se passaram e Berto tornou-se um empresário bem-sucedido e reconhecido. Porém, vivia com a sensação de ser um personagem para ser aceito socialmente. “Pensava que havia uma máscara”, explicou.

Insatisfeito com a vida que levava e instigado pela vontade de trabalhar menos e viver com mais qualidade, em 2011, resolveu fazer uma viagem ao Tibet, Nepal e Butão. Subiu a montanha rumo ao monastério Tiger Nest, no Butão, e durante o caminho decidiu voltar ao Brasil para vender o que tinha, e viver no Himalaia como voluntário.

Durante o vôo de volta ao Brasil, planejou o que faria. Vendeu a parte que tinha da empresa, o apartamento e o carro. Doou móveis e utensílios, e embarcou com destino ao Butão, onde trabalhou como voluntário para o governo real. Após seis meses vivendo no alto da cordilheira do Himalaia, iniciou a viagem pelo mundo.

A peregrinação contou com paradas em amigos e albergues, e caronas com desconhecidos. Durante os três anos, passou por todos os continentes e conheceu diversas culturas. “Na verdade, a viagem é interna, um autoconhecimento. E percebi que somos todos uma grande família”, ressaltou.
Entre as aventuras de Berto esteve o deslocamento de 16 dias, de motocicleta, pela costa do Vietnã. Em seguida, partiu para Budapeste e, logo após, para o Peru. Partiu rumo à França, e decidiu fazer o Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha. Foram mais de 800 quilômetros percorridos a pé, com uma mochila de sete quilos nos ombros. “Conheci um senhor de 73 anos que fazia o caminho pela décima terceira vez. Também aprendi a viver um dia por vez, valorizar o presente, o banho gelado e o banho quente”, brincou.
O Caminho de Santiago de Compostela também motivou Berto a decidir a implantação de uma escola de educação alternativa no Brasil, baseado num modelo diferente de ensino existente no Peru. Ao fim da peregrinação na Espanha, foi ao Alasca e, de lá, iniciou o retorno para o Brasil, a bordo de uma motocicleta. Durante o percurso, visitou comunidades ecológicas e projetos alternativos de educação consolidados no continente.
De volta ao país de origem, o plano é iniciar, em setembro, a construção da Cidade Escola Ayni – Educação e Sustentabilidade. A proposta consiste em uma nova pedagogia, contato com novos conceitos de organização social e econômica que, conforme Berto, expandem os propósitos de sua existência. Serão trabalhados conceitos de educação livre, bioconstrução e sustentabilidade, economia solidária, financiamento coletivo, economia de presentes, e natureza e comunidade.

Texto: Nathália Lauxen

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