Em atividade alusiva aos 30 anos do curso de Administração de Empresas da Univates, o Centro de Gestão Organizacional e os cursos de Comunicação Social realizaram na última quarta-feira, dia 1o, a aula inaugural do semestre com a palestra Contexto atual, mercado de trabalho e perspectivas futuras. Com participação dos professores da Instituição Marcelo Suano e Sandro Kirst e dos convidados Jorge Luiz Faccioni, que é contador, e do relações públicas João Ramos, o professor e apresentador da TV Univates Gerson Bonfadini conduziu a programação.
Na abertura do evento, o coordenador do curso de Administração, professor Sandro Faleiro, lembrou que o curso foi a quarta graduação oferecida pela Univates. “Iniciamos as atividades em 1985 e estão sendo programadas algumas ações comemorativas ao longo do ano, tanto pelo curso como pelo Diretório Acadêmico”, afirmou. Transmitido ao vivo pela TV Univates, o bate-papo foi dividido em blocos temáticos, seguidos de perguntas e interação com o público.
Na primeira parte, os convidados falaram sobre as tendências para este ano, concordando que elas podem ser vistas ao se folhear o jornal ou ao assistir à televisão. Ramos, que trabalha com inovação e criatividade, tem um olhar otimista sobre 2015, afirmando que este deve ser visto como um ano de oportunidades. Já o contador Faccioni acredita que este será um ano bastante difícil, mas que as pessoas não devem se conformar com isso. “Lembro que 1999 foi um ano extremamente difícil e, mesmo assim, foi um período de oportunidades”, acrescentou. Já Suano disse que a crise pode ser uma oportunidade para quem tem capacidade de percepção e Kirst afirmou que crises sempre ocorreram, ocorrem e continuarão existindo. “Devemos saber qual o motor da crise para que ela não se repita pelos mesmos motivos”, declarou.
Sobre mercado de trabalho, o internacionalista Marcelo Suano evidencia que há tendência a piorar e vê nas novas gerações uma luz para o que ele afirma ser uma crise estrutural. “A geração mais antiga está contaminada”, disse ao contar uma situação sobre venda de votos. Para Kirst, no entanto, em nível regional, está faltando desafio e não empregos. “Precisamos fazer as coisas acontecerem. Ter um problema não é um problema, mas o que se faz com ele: passa-se para frente ou tenta-se resolvê-lo?”, questionou. O relações públicas João Ramos disse que a internet tem um grande poder de mudança e deve ser uma das grandes revoluções que vêm pela frente. “É uma ferramenta que não acaba em si e pode mobilizar as pessoas. Acredito que as próximas revoluções virão do setor privado, podendo ser vistas em pequenas inovações, como empresas com novos modelos de negócios. Queremos que vocês não saiam daqui para procurar emprego, mas sim para criar novos negócios que permitam saltos de inovação”, explicou. Já Faccioni falou sobre suas experiências a partir de vivências internacionais. “Quando olhamos o Brasil de fora, vemos que temos 25 Bill Gates ou 10 grandes empresas. Muitas empresas fazem benchmarking para melhorarem seus processos, mas acabam fazendo assim como as outras organizações e não há diferencial”, disse ele. Faccioni finalizou afirmando que para ser empreendedor é preciso ter muita coragem, visão e conhecimento.
No último bloco de discussões foram retomados os assuntos discutidos e aberto espaço para perguntas. O evento foi transmitido pelo programa Gestão, da TV Univates, e estará disponível em breve no Youtube, em www.youtube.com/user/TVUNIVATES/videos.
Texto: Nicole Morás
