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Estudantes de Medicina assistem a palestra em 3D

Por Tuane Eggers

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Estudantes do curso de Medicina assistiram, na última quarta-feira, dia 10, a uma palestra em 3D. O assunto abordado foi o cérebro e a cirurgia de epilepsia em 3D, ministrado pelo médico neurocirurgião Gustavo Rassier Isolan, que possui ênfase na cirurgia da base do crânio e tumores cerebrais. Isolan é pós-doutor em Neurocirurgia pela University of Arkansas for Medical Sciences.

No início do evento, o médico e professor do curso Marcos Frank apresentou a história da doença abordada na palestra. “A epilepsia não começou ontem, mas o tratamento da epilepsia é uma coisa nova. Desde a antiguidade, o próprio nome já remetia à ideia de ser pego de surpresa. Também, era conhecida como a doença da queda”, explicou.

De acordo com Frank, a doença era ligada ao místico e a deuses, já que era algo espantoso e imprevisível. Ele comentou sobre o âmbar negro, utilizado para testar a epilepsia em escravos. “Hipócrates foi o primeiro a pensar que esse distúrbio era uma doença ligada ao cérebro. E, mais do que isso, ela é hereditária”, afirmou.

Segundo o professor, hoje a epilepsia conta com três formas de tratamento: dieta cetogênica, drogas e cirurgia. “Ele não podia prever que poderia ser tratada com cirurgia, mas duas formas de tratamento ele acertou”, comentou Frank, acrescentando que a epilepsia era uma doença fortemente associada ao diabo, à ideia de que a pessoa está sendo possuída.

O médico lembrou que, por muito tempo, algumas leis segregaram os epilépticos, já que a doença era vista como contagiosa. “Um cara chamado John Jackson começou a mudar a ideia que se tinha da epilepsia, passando para uma visão mais científica. E o professor Penfield foi quem iniciou a cirurgia. Hoje, o que parece tremendamente fácil, na época foi uma descoberta”, observou Frank.

Finalizando a sua fala, o professor comentou que a história está repleta de epilépticos. Entre eles, Júlio César, Calígula, Joana D'Arc, Vladimir Lênin, Dostoiévski e Machado de Assis. Em seguida, fez um breve comentário sobre as diferenças entre os três tipos de crises e suas reações no cérebro: crises generalizadas, crises focais e desconhecidas.

Após, o médico neurocirurgião Gustavo Isolan iniciou sua palestra falando que a epilepsia acomete de 1% a 3% da população mundial e que, destes, cerca de 400 mil pessoas não respondem a medicamentos. O palestrante mostrou imagens para localizar áreas do cérebro onde o distúrbio da epilepsia pode estar alocado.

Em seguida, mostrou um exemplo de exame chamado “vídeo eletroencefalograma”. “Se você tira o hipotálamo errado, você pode deixar o paciente desmemoriado, com amnésia”, alertou. Isolan também exibiu um vídeo de uma crise parcial complexa de uma paciente que tinha cerca de 15 crises de epilepsia por dia.

Ao ingressar no tema anatomia microcirúrgica em 3D, Isolan mostrou aos estudantes a perspectiva de um cérebro visto por um neurocirurgião. “Algo importante quando se estuda neurocirurgia é saber exatamente onde é que eu vou abrir o cérebro, pois estamos acostumados a ver as imagens em 2D”, recomendou ele, acrescentando sobre a importância de utilizar os pontos craniométricos para pensar uma cirurgia.

Texto: Tuane Eggers

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