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Alimentos para o corpo e a alma

Por Tuane Eggers

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São muitos anos de estudos e preparação. Horas e mais horas de leitura, pesquisa e dedicação ao desenvolvimento pessoal e profissional. Ensinamentos que, muitas vezes, serão levados para a vida toda. Ser professor parece mesmo uma profissão recompensadora, já que, ao mesmo tempo que se ensina, também se aprende. Entretanto, alguns docentes mostram que manter outras atividades pode ser um alimento para o corpo e a alma, além de uma forma de complementar seus conhecimentos e enriquecer suas práticas docentes.

A literatura como ofício e prazer

Um exemplo disso é a professora Rosane Cardoso, que leciona em cursos do Centro de Ciências Humanas e Sociais (CCHS) e investiu em seu interesse pela literatura. Recentemente, ela lançou o livro “Princesas que viram monstros”, resultado de sua tese doutoral, defendida em 2002. “Deixei de molho por muito tempo, mas continuei estudando, escrevendo e falando sobre o tema. Quando recebi o convite para publicar, voltei a pensar naquele trabalho inicial, cheio de pontos a serem repensados”, explica.

Rosane conta que seu interesse pela leitura vem da infância. De muito pequena, ela traz a lembrança de seu pai contando histórias. Depois, se encantou por Monteiro Lobato, contos de fadas e todo o tipo de livros de histórias. “Escrever foi uma experiência bem mais tardia, de formação escolar e depois acadêmica. Nunca teve a mesma naturalidade que a leitura, considerando que jamais escrevi ou pretendi escrever textos literários”, afirma a professora, que se diz totalmente noturna na tarefa de escrita. “Às vezes, atravesso a noite escrevendo. É curioso, mas não consigo ficar lendo madrugada afora. Escrevendo, sim.

A professora considera importante manter alguma outra atividade que gosta e conta que tem se dedicado bastante, ultimamente, à literatura hispano-americana. “Sempre me espanta o quanto a arte possibilita que a gente conheça a si mesmo e a nossa cultura. Então, ainda que possa ser material de aulas e de pesquisa, é também penetrar em mundos novos e paradoxais. Sempre fico com a sensação de precisar conhecer mais. E isso é bom”, finaliza Rosane. Para a professora, a vida não é só trabalho. “Dar aulas de literatura é um privilégio. Mas ler por ler, sem compromisso, assim como buscar outras formas de curtir o tempo livre, é o que nos ajuda a levantar na segunda-feira. Ao menos, na maioria das vezes”, conclui.

Matemática dá espaço a atividades esportivas

Desde pequeno, o professor doutor em Matemática Claus Haetinger sempre participou de treinamentos na modalidade de atletismo na escola. Passando por saltos em distância e triplos, ele optou pelas corridas: 1.500 m, 800 m, até chegar aos 400 m, sua favorita. “Nessa época, também iniciei a prática do basquete e da musculação, que realizo há 28 anos”, comenta.

Haetinger conta que teve o privilégio de conduzir a tocha olímpica na Olimpíada Nacional das Escolas Evangélicas, em 1986, e, como convidado, conduziu a tocha novamente, em 2012, já em companhia de seu filho. “Durante todo esse período, sempre participei de corridas de rua. A partir de 2008, passei a correr também em provas de rua em Porto Alegre, Santa Catarina, São Paulo e Belo Horizonte. Participei de cerca de 70 provas nessa nova fase, com distâncias que variam entre 5 km e 21 km”, diz Haetinger, acrescentando que sua nova meta é correr em provas oficiais no exterior.

E qual é o tempo dedicado à atividade? Conforme ele, varia muito. Em geral, ele faz pelo menos dois treinos de corrida por semana. Haetinger enaltece que a prática de corrida é motivo de orgulho. “Hoje, minha esposa, meu filho e duas das minhas irmãs também participam de algumas provas comigo e vários colegas docentes e outros colaboradores da Univates são figurinhas constantes nas provas da região”, complementa.

Haetinger alerta para o fato de que a profissão de docente pode gerar tendência ao sedentarismo e à má postura. Sendo assim, a atividade física é grande aliada, especialmente sob o ponto de vista preventivo. “Considero ter um hobby outra ação de grande importância. Particularmente, além dos esportes, dedico-me à jardinagem e ao paisagismo. Gosto muito de leituras, filmes e, especialmente, de brincar com meu filho e de degustar um bom vinho em companhia da minha esposa”, completa.

Arte e docência: atividades que se complementam

O professor Bruno Teixeira, do curso de Design, divide seu tempo de docência com atividades artísticas. Formado em Artes Visuais, o foco do professor é a escultura, área na qual trabalha desde 2003. “Já produzi obras destinadas a diversos fins. Troféus, homenagens, bustos, cenografia, representação de figuras histórias e produções de cunho particular voltadas para minha pesquisa em escultura contemporânea”, explica.

De acordo com o professor, trabalhar com esculturas é uma satisfação pessoal. “Gosto de produzir objetos e também aprecio todo o processo que envolve esse tipo de atividade”, conta. Atualmente, ele trabalha em média quatro horas por dia na atividade. “Por vezes, é preciso dedicação exclusiva, como, por exemplo, às figuras realizadas para o museu do Sport Club Internacional e da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre”, relata.

Ele acrescenta que sua atividade como docente surgiu do prazer que tem de estar no ambiente acadêmico. Para o professor, são duas atividades que lhe satisfazem muito e são complementares. “Tudo o que eu pesquiso acerca de escultura e processos artísticos eu levo para a sala de aula, e experiências que tenho no meio acadêmico acabam refletindo em minha produção escultórica”, completa o professor.

Artesanato com dedicação

A diretora do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), professora Magali Grave, dedica parte de seu tempo ao artesanato. Ela conta que sempre gostou de restaurar objetos estragados ou sem utilização. “Não sei exatamente quando começou, mas o fato é que sempre gostei de fazer coisas novas, diferentes e personalizadas. Não me considero uma artesã, simplesmente gosto de fazer lembrancinhas para dar aos amigos”, afirma.

Magali já fez bijuterias, caixinhas decoradas com o nome das crianças para presentear amigas grávidas e roupinhas de tricô para filhos de amigos. Além disso, já transformou em copos algumas latinhas e decorou garrafas de espumante e vinho. “Não tenho um tempo definido, faço quando tenho vontade para que a atividade me dê prazer”, ressalta.

A professora explica que sente muito prazer em ver a felicidade das pessoas quando ganham as lembrancinhas. “Nossa profissão como docente exige uma série de compromissos além da sala de aula, que consome grande parte de nosso dia. Quando podemos desopilar com outra atividade, isso faz bem para o corpo e para a alma. Eu adoro. Relaxo, produzo e ainda posso fazer alguém um pouquinho mais feliz”, completa.

Texto: Tuane Eggers

*esta matéria integra a 23ª edição do Jornal Univates, que pode ser conferido neste link.

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